quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Decifre este enigma se puder: Um curinga em Atenas


A humanidade está diante de questões importantes, para as quais não é fácil encontrar respostas. E então se abrem duas possibilidades: podemos simplesmente enganar a nós mesmos e ao resto do mundo como se soubéssemos tudo o que vale a pena saber, ou então podemos simplesmente fechar os olhos para essas questões importantes e desistir para sempre de ir em frente.

Isso divide a humanidade em duas partes. De um modo geral, as pessoas ou acham que estão cem por cento certas, ou então se mostram indiferentes.

De vez em quando, porém, aparece um curinga: nem cem por cento seguro, nem indiferente. Sócrates foi um curinga em Atenas. Não é de espantar que ele incomodasse muitas pessoas, sobretudo quem detinha grande poder na sociedade. 

Ele dizia que Atenas era como uma égua preguiçosa e ele um mosquito que lhe picava o flanco para mostrar-lhe que ela ainda estava viva. Mas... O que se faz com os mosquitos?

Os que questionam são sempre os mais perigosos. Responder não é perigoso. 

Uma única pergunta pode ser mais explosiva do que mil respostas.

É possível ser feliz e viver repetindo coisas que lá no fundo do seu coração você não acha certas?

De Vastí Marques