O primeiro debate entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) já indicou um tom mais belicoso entre os candidatos à Presidência, que também veio a se confirmar nas propagandas no rádio e na TV nesta semana.
Para o encontro organizado pela RedeTV e pela Folha de S.Paulo neste domingo (17), as campanhas acumularam mais munição, que deve reverberar no horário eleitoral obrigatório e na mídia nos próximos dias.
A pequena diferença entre os presidenciáveis nas pesquisas de intenção de voto levou a petista e o tucano a ataques calculados.
Dilma, que subiu o tom depois de um primeiro turno sem correr riscos, deve concentrar os ataques na gestão de Serra no governo de São Paulo e no período que ele passou no Ministério do Planejamento, quando Fernando Henrique Cardoso ocupava o Palácio do Planalto.
Serra, que conseguiu passe para o segundo turno após a adversária cair nas pesquisas nas últimas semanas, vai martelar as contradições de Dilma, como na questão da liberação do aborto, e as denúncias de tráfico de influência e corrupção na Casa Civil.
O caso, que levou à demissão da ministra Erenice Guerra, é apontado por pesquisa do instituto Datafolha como determinante para a queda da rival até 3 de outubro.