terça-feira, 5 de outubro de 2010

Palhaçada: Tiririca pode não tomar posse por suspeita de analfabetismo

Sem fantasia, Tiririca foi cercado por jornalistas quando voltou à São Paulo

Os 1.353.820 votos que elegeram o palhaço Tiririca - o mais votado do país em números absolutos - e puxaram outros três candidatos a deputado federal de sua coligação poderão ser anulados por suspeita de que ele é analfabeto, o que, pela Lei Eleitoral, é um impedimento para sua eleição. 

A Justiça Eleitoral recebeu ontem denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral contra Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, alegando que a prova técnica apresentada sobre sua alfabetização mostra discrepâncias de grafias.

O juiz da 1 Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, escreveu em seu despacho que "a prova técnica produzida pelo Instituto de Criminalística aponta para uma discrepância de grafias", o que leva a uma "razoável dúvida" sobre uma das "condições de elegibilidade inseridas em declaração firmada pelo acusado, no momento do pedido de registro de candidatura a deputado federal para concorrer às eleições 2010, por meio da qual afirma que sabe ler e escrever". 

O prazo para que Tiririca - que viajou ao Ceará para comemorar a votação com a família - apresente sua defesa é de dez dias.