sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Presidente do sindicato dos servidores de São Francisco do Oeste denuncia atrasos constantes nos salários

 
Há uma semana, por força de um bloqueio nas contas do Município determinado pela Justiça, os servidores públicos receberam os salários do mês de setembro. Não fosse a ação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Francisco do Oeste, com apoio da Federação dos Trabalhadores dos Municípios do RN (FETAM), certamente a Prefeitura não teria quitado a folha salarial.

A situação, porém, continua preocupante, uma vez que não há qualquer garantia de que a Prefeitura pagará os salários de outubro e de novembro, que se vencerá no próximo dia 30. O prefeito interino Raimundo Wellington da Costa havia prometido pagar outubro na última sexta-feira, 20, mas não cumpriu.

Os servidores efetivos, castigado pela crise financeira do Município, recorrem ao sindicato da categoria para buscar na Justiça a garantia de pagamento. 
 
A presidente da entidade, professora Vilma Viana, avisou que, se até o dia 30 a Prefeitura não quitar os salários atrasados, vai acionar a Justiça para bloquear a conta única do Município. “Vamos lutar por nossos direitos; não ficaremos de braços cruzados”, alertou Vilma.

A sindicalista ressaltou que o clima é de insegurança entre os servidores, uma vez que não há qualquer garantia de que a Prefeitura vai atualizar os salários e pagar o décimo terceiro. “Eu fico muito triste, porque se não houver medidas urgentes, vai ficar difícil a Prefeitura pagar o décimo terceiro salário. Prefiro nem pensar nessa possibilidade”, comentou, em entrevista por telefone, ao JORNAL DE FATO.

SOFRIMENTO

Vilma Viana disse que há anos o sindicato busca o diálogo com o Executivo para resolver os problemas enfrentados pelos servidores, principalmente no que se refere ao pagamento dos salários. Mas, segundo ela, pouco tem adiantado, visto que os atrasos têm sido constantes. “O gestor público que entra não deveria repetir os erros dos que saem, porque quem trabalha quer receber e o dever da Prefeitura é pagar em dia”, disse.

A presidente do sindicato lamenta o caos nas finanças do Município, devido ao sofrimento enfrentado pelos servidores. “É muito triste ver companheiros sem dinheiro até para comprar pão”, reclama. “Muitos servidores batem a minha porta, pedindo socorro. É uma situação revoltante”, disse.

Vilma Viana, no entanto, garante que não vai desistir da luta e que o sindicato continuará trabalhando para fazer respeitar os direitos da categoria. “A luta continua, é incansável, e assim atuaremos em defesa de todos.”
 
Informações do Jornal de Fato.