Amigos amigos, negócios a parte???
"Amigo da onça", "Amigo caldo de batata", "Amigo tábua de fojo"... estes termos bem que poderiam ser usados pelo deputado estadual, Raimundo Fernandes (PMN), para definir o comportamento do seu "amigo pessoal", Robinson Faria, líder do PMN no estado, em relação ao não cumprimento de promessas feitas no passado a ele, "Bigodão".
Oras... não é para menos, pois "todo mundo" sabe que no processo de articulação política que antecedeu o pleito de 2010, Raimundo Fernandes, que dizia que não queria ser mais candidato, foi persuadido astutamente por Robinson Faria para disputar o pleito e, consequentemente, com o apoio virtual prometido do atual vice-governador, chegar ao comando do legislativo estadual, coisa que até agora não aconteceu e dificilmente acontecerá tendo em vista que nesta última Terça-feira, dia 1º, o deputado Ricardo Motta (PMN), assumiu o posto que foi jurado a "Bigodão".
Superado o "desgosto" quando da escolha do presidente do legislativo estadual, outra promessa é feita a Raimundo: "Serás 1º secretário da assembleia e desta vez, lhe prestigiarei como merece meu amigo", ao menos acho que esse deve ter sido o tom da promessa. Penso que depois da primeira desfeita cometida por Robinson, o deputado alto oestano tenha alimentado ainda mais a esperança de ser prestigiado pelo "amigo", afinal de contas, errar uma vez é humano e o vice-governador não erraria novamente, não com quem ele jurou um dia conceder a "banda do céu", caso entrasse na disputa eleitoral de 2010.
Promessas de Robinson teriam seduzido Raimundo a se candidatar novamente.
Pois não é que o homem deixou "Bigodão" na mão mais uma vez!
No processo de articulação política para a escolha do 1º secretário da Assembleia, Raimundo despontava como favorito entre os que pleiteavam o cargo, mas só que de última hora, uma ligação da governadora, Rosalba Ciarlini (DEM), acabou com o desejo de Raimundo, que teve de abdicar do cargo para cedê-lo ao colega deputado, Poti Júnior (PMDB), tudo em nome da harmonia do grupo. Dá pra acreditar?
Bem, agora você poderá pensar... mas desta vez Robinson não teve culpa, Rosalba foi quem interferiu.
Sim, isto é verdade, mas Robinson Faria, que já era "devedor" a Raimundo, não poderia ter exigido o cargo para o amigo, já que o processo de articulação política da Assembleia teria sido entregue ao vice-governador pela própria Rosalba?
Vou mais além nesta história... será que Robinson, que já havia feito uma desfeita com "Bigodão", não pediu a Rosalba para ligar e conversar com o seu "amigo", evitando assim um desgaste ainda maior entre os dois?
Eu é que não duvido nada em matéria de política, onde na maioria das vezes o que vale, é o jogo de interesses pessoais.
Desta forma fico imaginando o que estaria pensando o deputado Raimundo Fernandes em relação ao comportamento do seu "amigo", Robinson Faria, para com ele, pois até a esta altura do campeonato... "Bigodão" não viu nem o azul da "banda do céu" prometido antes do processo eleitoral deflagrado no ano passado, pelo atual vice-governador.
E digo mais... não adiantará em nada agora, alguns "apagadores de incêndio" remunerados por fontes obscuras, começarem a disseminar ideias recheadas de falso moralismo na imprensa dizendo que a amizade dos dois é totalmente desinteressada, pois todos sabemos que no meio político: ninguém faz nada de graça pra ninguém.
Se Raimundo estiver satisfeito com a amizade de Robinson, ele deve ser adepto do masoquismo como estilo de vida.
O que eu acho é que Raimundo deve estar muito desgostoso com o comportamento do "amigo" Robinson, afinal... foram desfeitas e mais desfeitas praticadas pelo vice de Rosalba com o deputado alto oestano até agora e, se a coisa não mudar, essa amizade poderá ficar extremamente abalada no futuro, podendo inclusive, caso o festival de covardias continue, ser dirimida.
Do jeito que anda a amizade entre os dois, não seria de admirar se Robinson Faria arranjasse um cargo para Raimundo Fernandes na governadoria como auxiliar de 3º carimbador, quem sabe assim não entraria na Assembleia um deputado em que o vice-governador tivesse mesmo, a real intenção de ajudar.
Mui amigos!