segunda-feira, 14 de março de 2011

José Agripino assumirá a presidência nacional dos DEMOCRATAS


O Partido Democratas chega a sua convenção nacional bastante dividido, isso porque alguns de seus principais expoentes, como o prefeito Gilberto Kassab de São Paulo, a senadora Kátia Abreu (TO) e a ala liderada pelo ex-senador Jorge Bornhausen (SC), estariam dispostos a fundarem um novo partido.

O esvaziamento do partido é a primeira grande tarefa do senador potiguar e, não será fácil manter a coesão interna de uma agremiação partidária que faz oposição ao governo federal desde que foi refundado em 2007 a partir dos escombros do PFL – Partido da Frente Liberal.

O mais surpreendente é que a ala dos dissidentes capitaneada pelo prefeito Kassab tem a intenção de criar um novo partido (PDB – Partido Democrático do Brasil) e depois fundi-lo com o PSB (Partido Socialista Brasileiro) para viabilizar seu projeto de se candidatar ao governo de São Paulo em 2014.

O grupo quer simplesmente sair do partido e se tornar socialista, passando a defender a “socialização dos meios de produção” como prega o ideário do PSB. A façanha se for levada adiante demonstra inequivocamente que é inadiável fazer a reforma política.

 Espera-se que Agripino atraia novos quadros ao partido e contribua para a inserção de jovens na sigla.

Também se espera que o novo presidente dos Democratas consiga atrair novos quadros e intensificar a ascensão de jovens dirigentes. De acordo com o cientista político Jairo Nicolau, a refundação do PFL como DEM teve como objetivo coroar um processo geral de modernização do partido. "O DEM gostaria de ser um partido de direita moderno, com um novo programa e dirigido às camadas médias urbanas; uma espécie de Partido Conservador do Reino Unido" diz.

A tibieza das ações dos dirigentes desde a sua refundação e o adesismo ao governo que impera nas hostes partidária resultaram num partido que não consegue demonstrar claramente seus compromissos com a liberdade, a descentralização de poder, o empreendedorismo, o desenvolvimento nacional, o respeito a propriedade privada e a ética

Aparar arestas entre as diversas correntes internas, modernizar o partido como proposto em seu processo de refundação, demonstrar inequivocamente seu ideário e assumir sem receio o papel de oposição ao governo federal poderiam se constituir em diretrizes capazes de nortear a ação do senador José Agripino à frente do DEM.

 Carlos Augusto Rosado foi convidado para assumir o comando da sigla no RN.

No plano estadual, em que o senador José Agripino era o dirigente máximo, comenta-se que Carlos Augusto Rosado, esposo de Rosalba, foi convidado para assumir o comando da sigla. A tarefa de Carlos, caso aceite o convite, será a de compatibilizar o crescimento do partido com uma postura mais amena em relação à oposição ao governo federal.

Convenhamos que o poder de atração de novos quadros será deveras facilitado pela presença de Rosalba (DEM) no governo. Agora, conseguir minimizar os eventuais atritos com a base de apoio ao governo Dilma, em especial o PT, no plano local com os possíveis prejuízos administrativos, sendo o dirigente máximo do partido que faz (e deve continuar fazendo) a oposição mais radical ao governo federal, não será a tarefa mais agradável que Carlos enfrentará na vida.

A conferir.