O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu na última Sexta-feira (4) recurso em que o Ministério Público Eleitoral (MPE), com base na Lei da Ficha Limpa, pede a condenação do senador Fernando Collor (PTB-AL).
Ele é acusado de suposta manipulação de pesquisa eleitoral divulgada nas eleições de 2010, quando concorreu ao governo de Alagoas.
A assessoria do senador informou que ele está viajando e não pode se pronunciar sobre a acusação. O advogado de Collor, Fabio Ferrario, disse que a acusação do MPE é "sem sentido". Segundo ele, Collor não teve "ingerência sobre a pesquisa". Ferrario afirmou ainda que a divulgação da pesquisa "não interferiu no processo eleitoral".
De acordo com o MPE, a pesquisa, realizada por um instituto que integra o grupo de comunicação da família de Collor, teve os dados deturpados a fim de beneficiar a candidatura de Fernando Collor ao governo de Alagoas. A pesquisa foi divulgada pelo jornal "Gazeta de Alagoas", também de propriedade da família de Collor.
Para o MPE, Collor deve ser enquadrado em dispositivo da Lei da Ficha Limpa que torna inelegível o político condenado por abuso do poder econômico e por utilização indevida de meios de comunicação em benefício de candidato ou de partido político.
Caso o recurso do MPE seja acolhido pelo TSE, Collor poderá ficar inelegível por 8 anos.