Disse Gustavo ao Blog de Jean Carlos:
“Ele [Fabrício] saiu do PMDB por achar que não tem a cara do partido e isso não faz a menor diferença, pois ele nunca teve ideologia peemedebista, somente usou a legenda para projetos individualistas. No nosso PMDB permanece quem é bacurau de verdade e esses estão ligados a nós e a Nilton Figueiredo”, disse o deputado.
Creio que é importante rememorar alguns aspectos:
1º - Elias Fernandes, pai de Gustavo, já foi secretário do Governo de José Agripino e isto ocorreu em uma época em que Alves e Maias não se misturavam de jeito nenhum;
2º - Nilton Figueiredo foi eleito prefeito de Pau dos Ferros pelo grupo político comandado por José Agripino e, aderiu para apoiar o Governo de Garibaldi Filho por causa dos milhões que foram mandados para Pau dos Ferros a partir da venda da COSERN;
3º - Acaso não esteja enganado Dr. Nilton é filiado ao PP e não ao PMDB (bacurau de verdade) como diz o deputado;
4º - As mudanças de um lado para o outro foram mais freqüentes entre os “bacuraus de verdade” Nilton e Elias do que supõe o jovem deputado;
5º - Aliás, uma das últimas mudanças de lado, foi protagonizada por Nilton e teve como alvo o próprio Elias. Como todos sabem na campanha de 2006 Nilton apoiava Elias para deputado estadual e, faltando poucos dias para a eleição passou a apoiar Raimundo Fernandes, deixando Elias a ver navios.
Acusar Fabrício de usar o PMDB para projetos individualistas também é uma afirmação que carece de sustentação. Conforme declarações do próprio Fabrício, filiado no partido a mais de doze anos, está saindo porque sua eleição para presidente do diretório municipal não foi aceita pela cúpula partidária.
Perguntar não ofende: Qual seria a atitude de uma pessoa que foi escolhida democraticamente pela maioria dos filiados ao PMDB pauferrense para ser seu presidente e, não ter sua eleição confirmada pelos dirigentes estaduais?
Mais uma do deputado Gustavo:
“Todo mundo sabe que o interesse dele [Fabrício] é simplesmente buscar uma legenda para disputar as eleições do próximo ano, sem se importar com a história desse partido. Tomara que para onde ele esteja indo, que todo mundo já sabe pra onde é, consiga legenda porque por lá a disputa vai ser grande e aquele palanque tem histórico de rasteiras”, concluiu.
A intenção de Fabrício disputar a sucessão do Prefeito Leonardo, fazendo parte da administração e sendo seu atual vice-prefeito, parece bastante lógico e até natural. O que causa espanto é saber que dirigentes partidários do PMDB boicotem esta iniciativa.
Quanto as rasteiras, bastará o jovem deputado lembrar do episódio de 2006: Elias X Nilton X Raimundo Fernandes.
Para refletir: "Na política não há amigos, apenas conspiradores que se unem." (Victor Lasky)