sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O outro lado de uma decisão...

Ex-prefeito, "Dedezinho e a sua esposa, Ana Guiomar.

O desabafo de um grande líder...

Após ler atentamente a carta aberta redigida pelo agora, ex-prefeito, Carlos José Fernandes (Dedezinho), e direcionada a todos os seus amigos de Major Sales e de Luís Gomes, me pus a meditar sobre quais seriam os sentimentos que realmente poderiam estar por trás de uma decisão tão difícil de ser tomada como essa e que foi executada por um grande líder que sempre demonstrou abertamente amar o seu povo, respeitar a sua gente e ser amável com o próximo.


Me coloquei no lugar de "Dedezinho" como ser humano, como alguém sensível dotado da capacidade de sentir emoções intensas, sejam elas boas ou ruins e, ao invés de acusá-lo de ter cometido algum possível ato de covardia ao deixar o cargo de prefeito, como alguns oportunistas de plantão certamente deverão fazer para se promoverem politicamente, passei a meditar bastante em cada frase escrita por esse grande homem público e que pelas suas palavras demonstrou de maneira sutil estar extremamente magoado, ferido, e decepcionado.

Buscando entender ainda mais este momento difícil que atravessa a população de Luís Gomes, que agora chora a queda de um grande líder, e ao mesmo tempo tentando imaginar o momento triste pelo o qual deve estar passando o amigo "Dedezinho", fico aqui tentando descobrir uma pista ou uma mensagem subliminar entre uma frase e outra nesta carta que explique esta atitude que mais parece um grito de quem sofre em silêncio por uma traição inesperada.

Ao continuar observando atentamente o modo como "Dedezinho" coloca milimetricamente os seus questionamentos nestas linhas que devem ter sido escritas após dias de reflexões e conversas com familiares e assessores, percebo um homem que, embora não socialize nas suas dissertações, deixa transparecer que não gostaria que nada disso estivesse acontecendo. Não me refiro somente ao fato da renúncia em si, não. Também faço referência às possíveis ações traiçoeiras cometidas por alguns para com ele e que precederam a sua queda.

Notadamente no desabafo deste grande líder que hoje encontra-se magoado, ferido, sensível e até decepcionado, encontramos meus amigos um lamento dolorido e que emana de dentro da alma, sim. Do interior da alma de uma pessoa que aprendeu desde cedo com os avós e os pais a respeitar os padrões morais e familiares, tão esquecidos nos dias atuais desta sociedade atual e que na maioria das vezes é mesquinha, interesseira e individualista.

É a tristeza senhoras e senhores de um homem que preferiu respeitar a unidade imaculada de uma família inteira, do que ter que se digladiar futuramente com aqueles que são "sangue do seu sangue", da mesma linhagem e porque não dizer... Do mesmo berço.

Mas será que este será o fim da carreira brilhante deste grande político? Acho pouco provável, embora respeite o que foi escrito no presente com o tempero da emoção.


Prefiro acreditar no até breve deste sábio líder, pois são justamente nestes momentos difíceis de reflexão que encontramos uma luz para trilharmos novos caminhos, enfrentarmos novos projetos e renovarmos as nossas forças para seguirmos a nossa jornada.

Que Deus o abençoe meu nobre amigo nesta sua decisão, que o povo compreenda o seu momento de reflexão tão necessário e que a paz volte a reinar entre os homens de boa vontade.


Como diria o grande Benjamim Franklin: "Paz e harmonia: eis a verdadeira riqueza de uma família."