A delação premiada de Alcides Fernandes foi tornada pública nesta
quarta-feira (9) e confirmou o que há muito se comentava à boca miúda no
Rio Grande do Norte: que o senador, José Agripino Maia (DEM), teria sido beneficiado com promessa de
propina que soma um milhão de reais e que teria sido paga por George
Olímpio, apontado como mentor das fraudes investigadas no Detran/RN, no
âmbito da Operação Sinal Fechado.
A revista Carta Capital já teve acesso ao conteúdo da mídia e antecipou a informação sobre o senador potiguar. O
texto relata as intricadas relações e cita ainda a suposta propina que,
de acordo com Gilmar da Montana, outro investigado, foi dada a Carlos
Augusto Rosado para a campanha de Rosalba Ciarlini (DEM) em 2010.
De acordo com trechos da delação (gravada em vídeo), Barbosa afirma ter
sido chamado, no fim de 2010, para um coquetel na casa do senador
Agripino Maia, segundo disse aos promotores, para conhecer pessoalmente o
presidente do DEM. O convite foi feito por João Faustino Neto,
ex-deputado, ex-senador e atual suplente de Agripino Maia no Senado
Federal.
Segundo o lobista, ele só foi chamado ao encontro por conta da ausência
inesperada de outros dois paulistas, um identificado por ele como o
atual senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o outro apenas como
“Clóvis” – provavelmente, de acordo com o MP, o também tucano Clóvis
Carvalho, ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique
Cardoso.
Aos promotores, Alcides Barbosa revelou que foi levado ao “sótão” do apartamento do senador Agripino Maia, em Natal, onde garante ter presenciado o advogado Olímpio negociar com o senador apoio financeiro à campanha de 2010. Na presença de Faustino Neto e Barbosa, diz o lobista, George prometeu 1 milhão de reais para o presidente do DEM.
O pagamento, segundo o combinado, seria feito em quatro cheques do Banco do Brasil, cada qual no valor de 250 mil reais, a ficarem sob a guarda de um homem de confiança de Agripino Maia, o ex-senador José Bezerra Júnior, conhecido por “Ximbica”. De acordo com Barbosa, Agripino Maia queria o dinheiro na hora, mas Olímpio afirmou que só poderia iniciar o pagamento das parcelas a partir de janeiro de 2012.
Aos promotores, Alcides Barbosa revelou que foi levado ao “sótão” do apartamento do senador Agripino Maia, em Natal, onde garante ter presenciado o advogado Olímpio negociar com o senador apoio financeiro à campanha de 2010. Na presença de Faustino Neto e Barbosa, diz o lobista, George prometeu 1 milhão de reais para o presidente do DEM.
O pagamento, segundo o combinado, seria feito em quatro cheques do Banco do Brasil, cada qual no valor de 250 mil reais, a ficarem sob a guarda de um homem de confiança de Agripino Maia, o ex-senador José Bezerra Júnior, conhecido por “Ximbica”. De acordo com Barbosa, Agripino Maia queria o dinheiro na hora, mas Olímpio afirmou que só poderia iniciar o pagamento das parcelas a partir de janeiro de 2012.
Versão de José Agripino
Procurado, o senador José Agripino Maia negou todas as acusações. Afirma
que nunca houve o referido coquetel no apartamento dele, muito menos
repasse de 1 milhão de reais das mãos da quadrilha para sua campanha
eleitoral, em 2010.
Negou até possuir um sótão em casa. “Sótão é aquela
coisinha que a gente sobe por uma escadinha. No meu apartamento eu tenho
é uma cobertura”, explicou.
Agripino Maia afirma ser vítima de uma
armação de adversários políticos e se apóia em outro depoimento de
Gilmar da Montana, onde ela nega ter participado do coquetel na casa do
senador.