terça-feira, 30 de julho de 2013

Por meio de Nota, Professora Aldaceia fala sobre sua participação na elaboração do "Plano de Cargos" da Prefeitura de Pau dos Ferros.


Caros(as) colegas profissionais da educação pública municipal e população pauferrense,

Acreditamos, sinceramente, que em decorrência muito mais da mobilização das entidades representativas dos profissionais da educação pública, através da denúncia das reais condições de trabalho e salários, somados à produção acadêmica que fomentara o debate nacional e a incorporação das reivindicações à legislação é que há, no país, de um ponto de vista legal e normativo, o reconhecimento da valorização do magistério atrelada ao desenvolvimento profissional e à ascensão na carreira, determinando-se, inclusive, que União, Estado e municípios implementem, em regime de cooperação e autonomia, plano de cargo e carreira como estímulo à carreira do magistério público, na perspectiva de repercutir no exercício funcional.

Porém, conforme vemos, em nosso dia-a-dia, são muitos os distanciamentos entre o real e o legal. No momento, pautada pela intenção de poder contribuir, no campo das políticas públicas para a educação no município, atendendo o convite feito pelo Prefeito Fabrício Torquato e por inúmeras manifestações de muitos profissionais da educação pública municipal, encontramo-nos, numa fase inicial, de construção do Plano de Cargos, Carrreira e Remuneração do Magistério Público Municipal de Pau dos Ferros.

Pautamo-nos em princípios que norteiam a busca de qualidade social para a educação pública. Para tanto, buscaremos, em todo o percurso, estabelecer o diálogo com os profissionais do magistério, com as Secretarias Públicas Municipais de Educação e de Administração e Finanças, no sentido de construir um PCCR exequível, que aponte horizontes de melhoria salarial e de progressão na carreira profissional, incluindo-se formação, dentre outros aspectos.

Já realizamos reunião com a equipe de gestão e, também, com os profissionais do magistério para apresentar concepções e objetivos do PCCR, sua base legal, bem como identificar demandas. O debate se inicia, no sentido de construir dados (aplicação de um instrumental), a partir das falas dos que estão na lida diária nos processos educacionais escolares, acompanhado de um trabalho de análise orçamentária e da realidade pertinente à atual organização funcional do magistério público municipal.

Um fato é certo: o município, a exemplo de outros, precisa elevar investimentos na Educação Pública Municipal, de forma que, para além dos recursos do FUNDEB, sejam aplicados, anualmente, vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino. As relações de cooperação entre os entes federados haverão de ser redefinidas, de forma a contemplar as demandas. O que é propósito do Governo Federal.

Quando esboçada a proposta, realizaremos outras reuniões com a equipe gestora e com os profissionais para apresentação e análise. Acompanharemos o processo, como responsável técnica, inclusive em momento de votação do Projeto de Lei na Câmara Municipal e sanção pelo Poder Executivo. A partir daí, há que se exercer a exigibilidade social pela sua efetiva implementação.

Saudações educacionais,

Professora Aldaceia Oliveira.