quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Wilma de Faria: "Não entendo o PMDB romper e fazer nova aliança com DEM."


A Presidente do PSB, Ex-governadora Wilma de Faria, se mostrou perplexa com a possibilidade de aliança entre DEM e PMDB anunciada ontem pelo Senador José Agripino Maia, presidente do DEM. Segundo ela, o que está posto é uma "coisa inusitada", tendo em vista que o PMDB rompeu recentemente com a administração Rosalba Ciarlini e, após romper, acena com possível aliança com o partido da governadora.

"O que está sendo proposto é uma coisa inusitada, porque a governadora, que está hoje no comando desse processo administrativo que a população rejeita, é do DEM. E eu não entendo como é que ela é do DEM, o PMDB a apoiou durante três anos no governo e agora de repente vai manter um novo contato com o DEM? Eu não entendo como é que vai ser isso. Nem entendo como é que vai ficar a posição do PMDB nem estou entendendo como é que vai ficar a posição também do DEM, porque, afinal de contas, como é que vai ficar a posição da única governadora do DEM no país, que é a governadora Rosalba Ciarlini? Independente de ela estar administrando bem ou não, ela tem um partido", analisou Wilma de Faria.

Wilma abordou a posição anunciada pelo PT potiguar após reunião com a cúpula nacional do partido. Wilma repetiu que o PSB não adotará a verticalização, o que garantirá liberdade de alianças. "Não vamos fechar a porta, queremos conversar com todos. Hoje a legislação não prevê verticalização. E o nosso partido já anunciou que não vai verticalizar a posição que for tomada a nível central. É evidente que nós temos uma orientação para aliarmos a partidos do campo popular e progressista e nós estamos fazendo isso. Mas a gente está aguardando e vamos continuar conversando", declarou, informando que irá conversa com o PSD do Vice-governador, Robinson Faria, e também com o PV do Deputado Federal, Paulo Davim.

Sobre a possibilidade de aliança com o DEM, a ex-governadora afirmou que o PSB potiguar não se furtará a conversar com os partidos de centro. "A gente está sempre conversando com os partidos que estiveram sempre conosco. Há pouco tempo os partidos progressistas que estiveram conosco somando em várias eleições e estamos continuando a fazer esses contatos e fazer esse diálogo entre esses partidos que eu já mencionei, agora não significa que a gente vai fechar a porta para outros partidos de centro, não. A gente vai continuar a conversar sem nenhuma discriminação".

Wilma frisou ainda que está cedo para conclusões, o que deverá acontecer apenas a partir de março de 2014. "A gente tem que conversar e debater, discutir de forma a ver aquilo que é melhor para a população, dentro de um clima de paz, isso é fundamental, e focando naquilo que é mais importante focar, que são os problemas das áreas de saúde, educação, assistência social, os problemas da população. Nós estamos pensando que até o final de março possa haver alguma coisa conclusiva, até lá é inviável, é impossível. Mas a partir de março até junho, aí muita coisa vai se tornando conclusiva".

Informações do Jornal de Hoje