O plano "A" do Vice-governador, Robinson Faria (PSD), para 2014, é
se candidatar ao Governo do Estado em 2014. O plano "B", se candidatar
ao Governo. E o "C"? Bem, o "C" é ser candidato a governador. Robinson
está decidido a disputar o Executivo no próximo ano, tanto que nem
trabalha com outra hipótese que não seja essa.
Pelo menos, foi isso que o vice-governador revelou em entrevista
concedida ao site portalnoar.com e que é veicula esta semana, na TV NoAr. "Eles estão me subestimando, mas estou confiante no meu objetivo",
afirmou Robinson Faria, ressaltando que tem que conviver com essa "falta
de confiança" desde o início da carreira política, mas que mesmo assim
jamais deixou de crescer eleição após eleição.
E, durante quase uma hora de entrevista, é claro que essa não foi a
única "revelação" que Robinson Faria fez. O vice-governador confirmou as
articulações no plano nacional do PSD para convencer o PMDB e o PT a
apoiá-lo como candidato ao Governo em 2014, usando como principal
argumento o desempenho positivo dele em pesquisas realizadas pela equipe
dele.
"Enfrento sem medo de ser feliz", disse o vice-governador quando
questionado o que achava se, mesmo com essas articulações, tiver que
enfrentar uma chapa formada por Fátima Bezerra (PT), candidata ao
Senado Federal, e Fernando Bezerra (PMDB), ao Governo.
"Quero ser governador porque sei tudo que posso fazer pelo Estado",
respondeu o vice-governador quando questionado o porquê de desejar, tão
decididamente, ser o futuro chefe do Executivo Estadual. Desejo esse,
por sinal, que não é de hoje.
Começou nas articulações em 2006, quando foi cogitado para ser
candidato a vice-governador do atual ministro da Previdência Social,
Garibaldi Alves Filho (PMDB). Viveu um ponto alto em 2010, quando foi
preterido pela então governadora Wilma de Faria (PSB), para ser
candidato ao Governo, tendo ela escolhido o vice Iberê Ferreira, colega
pessibista.
"Wilma e eu conversamos e resolvemos todas essas questões", garantiu
Robinson Faria, que se elegeu vice-governador ao lado de Rosalba
Ciarlini (DEM), mas que desde o início da gestão Democrata, percebeu que
não teria lá muito apoio para "mudar o RN". "Fui perseguido por ela",
contou, ao justificar o porquê de, com apenas nove meses de gestão,
ainda em 2011, ter rompido com a governadora.
"Dou nota zero para a Segurança Pública, nota zero para a Saúde e nota
três para a Educação", classificou o vice-governador quando questionado
que notas dava para a ação do Governo nestas três áreas vitais da
administração estadual. "A culpa é, principalmente, de gestão", repetiu
Robinson Faria por diversas oportunidades durante quase uma hora de
entrevista.