quinta-feira, 27 de março de 2014

Aliados de Henrique são a ‘cara’ dos últimos 40 anos no RN, critica Fernando Mineiro.


Todos os últimos ex-governadores do Rio Grande do Norte, de quatro décadas para cá, apoiarão a candidatura do Deputado Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB), a governador do Estado, desde Lavoisier Maia (PSB), passando por José Agripino (DEM), Geraldo Melo (PMDB), Vivaldo Costa (Pros), Garibaldi Filho (PMDB), Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira de Souza (PSB), deixando de fora apenas Fernando Freire, que está fora da política.

A constatação é do Deputado Estadual, Fernando Mineiro (PT). Segundo ele, o palanque em torno do presidente da Câmara dos Deputados representa a "síntese dos últimos 40 anos, síntese de onde o nosso estado chegou", afirmou, em entrevista ao Jornal de Hoje.

"Na verdade, o palanque que está se montando em torno de Henrique é o palanque da síntese dos últimos 40 anos. Tem o apoio de todos os ex-governadores, de Lavoisier até hoje. É a síntese de onde o nosso estado chegou", afirmou Mineiro, defendendo a necessidade de se debater novos rumos para o Estado. "Precisamos montar outro padrão de debate e buscar alternativas. E é isso que nós estamos construindo, o PT e o PSD", afirmou o petista.

Ao falar de alternativas, Mineiro se refere à chapa que deverá ser apresentada pela oposição, liderada pelo Vice-governador, Robinson Faria (PSD), como candidato a governador, e pela Deputada Federal, Fátima Bezerra (PT), candidata ao Senado Federal. Segundo ele, o objetivo do grupo será "furar esse cerco que está sendo montando de uma unanimidade que será muito negativa para o RN. Unanimidade que não discute, não debate os problemas".

Mineiro é o segundo deputado estadual que se pronuncia de modo negativo em relação ao passado recente do Rio Grande do Norte. O primeiro foi o Deputado José Dias (PSD). A tese de ambos é que, nas quatro últimas décadas, o estado não soube driblar as dificuldades e desenvolver a contento. Para chegar a tal conclusão, basta comparar o RN aos vizinhos estados de Pernambuco e Ceará e, mais recentemente, da própria Paraíba. "Não é critica, é constatação", afirma Mineiro.