Há quem diga que o Prefeito, Fabrício Torquato, estaria agindo de forma correta ao insistir na tese defendida por alguns de seus aliados de que seria necessário rebater toda e qualquer crítica (acusação) emitida pelo Ex-prefeito, Leonardo Rêgo, sob pena de ser inserido no contexto da antiga expressão "quem cala consente", caso adotasse o silêncio como resposta.
Inclusive, fontes garantem que os amigos mais achegados de Fabrício Torquato estariam utilizando o histórico comportamento passivo do Ex-prefeito, Nilton Figueiredo, como principal exemplo de como não se comportar ante os ataques públicos de Leonardo Rêgo.
Em virtude disso, gostaria de socializar algumas ponderações sobre esse assunto:
A primeira é que quando um político detentor de mandato passa a dedicar parte do seu tempo concedendo excessiva importância às críticas dos seus algozes desprovidos de ocupação mais perde do que ganha, pois além de correr o risco de perder o foco do trabalho que está desenvolvendo, também propicia mídia e holofotes gratuitos aos que estão à margem do poder e necessitando urgentemente alimentar um mito ou uma causa.
A segunda é que não dá para comparar as situações e muito menos as condições ofertadas a Nilton Figueiredo e Fabrício Torquato em tempos distintos no confronto com Leonardo Rêgo, e por razões óbvias: Hoje quem tem a caneta na mão é o Prefeito Fabrício, natural condutor de todo o processo político local, sendo que um futuro recomeço de Leonardo, em tese, estaria a reboque do desempenho administrativo do atual gestor.
Desta forma, entendo que entrar no jogo do "nós versus eles" neste momento só interessaria a quem tem pretensões de aparecer a qualquer custo, tendo em vista que o novo ordenamento político aqui na terrinha tende a favorecer aos que dominam a máquina pública municipal. Isto é, a não ser que os instrumentos de manutenção de poder não sejam devidamente utilizados.
LEI 36 - DESPREZE O QUE NÃO PUDER TER: IGNORAR É A MELHOR VINGANÇA.
Para endossar as minhas argumentações acima, compartilho abaixo um trecho do livro "As 48 Leis do Poder" e que reza o seguinte sobre essa temática:
"Reconhecendo um problema banal, você lhe dá existência e credibilidade. Quanto mais atenção você der a um inimigo, mais forte você o torna; e um pequeno erro às vezes se torna pior e mais visível se você tentar consertá-lo. Às vezes, é melhor deixar as coisas como estão. Se existe algo que você quer, mas não pode ter, mostre desprezo. Quanto menos interesse você revelar, mais superior vai parecer."
Como se vê, nem sempre reagir à toda investida é a melhor forma de combater um adversário ou inimigo, pois o desprezo é uma arma imensamente poderosa e permite a quem sabe utilizá-lo determinar as condições ideais do conflito. Neste caso, quem ignora dita os termos da guerra.
De outro modo, se você dá muita atenção a alguém, ambos tornam-se uma espécie de parceiros, cada um acompanhando o mesmo ritmo de ações e reações do outro. E neste processo, perde-se o poder da iniciativa tornando-se, consequentemente, refém dos acontecimentos.
Além do mais, Fabrício sendo sabedor que no campo da oratória Leonardo exerce uma certa dominação, também deveria imaginar que atrair os adversários ao seu campo de batalha preferido é uma estratégia insistentemente adotada pelo Ex-prefeito e que, diga-se de passagem, tem causado enormes danos à quem ignorou tal risco, erroneamente, por vaidade.
Como gosto de dizer a alguns amigos próximos: O primeiro passo para derrotar um adversário é identificar os seus maiores talentos para, posteriormente, estudar a melhor forma de neutralizá-los, seja através do recuo diante deles ou do avanço quando conveniente.
Quem pratica a política sem planejamento e disciplina será sempre surpreendido pelos que insistem em estudá-la, diligentemente.
Em suma, é isto.