Quando ainda era candidato ao Governo do Estado, o atual governador Robinson Faria dizia que logo no primeiro dia de sua gestão daria respostas imediatas à população para o caos administrativo instaurado no Rio Grande do Norte, sobretudo nas áreas mais periclitantes como Saúde e Segurança.
Pois bem, passado o calor da emoção, percebe-se hoje que as declarações proferidas por Robinson Faria nada mais eram que o reflexo de um otimismo exagerado de sua parte, e que aos poucos vai sendo sufocado por uma realidade implacável de crise justamente nas áreas que mais prometeu dar uma atenção diferenciada.
Em pouco mais de cinco meses, o RN já atravessou uma crise preocupante no sistema prisional, que foi amenizada com algumas ações paliativas, mas pode estourar novamente a qualquer momento, e agora a "bomba de efeito retardado" da vez é o caos enfrentado pelos hospitais regionais do estado.
Nos últimos dias, os hospitais de Currais Novos (Dr.
Mariano Coelho), Caicó (Hospital do SESP), Mossóró (Tarcísio Maia) e de Natal (Walfredo Gurgel) foram destaque na imprensa estadual devido as péssimas condições de funcionamento e, consequentemente, atendimento à população.
Em Pau dos Ferros, o Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade também padece com o descaso do Governo Robinson Faria, conforme revelaremos em uma postagem posterior, algo que amplia a dimensão de uma situação complicadíssima imposta ao Chefe do Executivo estadual.
Apesar da opção de poder recorrer ao discurso da "herança maldita", entendo que o discurso inicial de ações rápidas e eficientes anunciadas pelo Governador Robinson já caíram no descrédito perante a população, diga-se de passagem, cansada de tantas promessas com objetivos meramente eleitoreiros.
Daqui para frente, só resta ao novo governo mostrar resultados concretos e reverter a situação adversa. Tudo isso sem recorrer às desculpas esfarrapadas que, invariavelmente, são utilizadas quando os governantes estão perdidos, sem saber o que fazer ou dizer.
Caso não obtenha êxito, os estragos já poderão ser sentidos nas eleições municipais de 2016, quando os aliados de Robinson Faria poderão sentir na pele o ônus de serem vistos como parceiros ou financiadores de um governo inoperante e sem rumo.
Gestores de municípios importantes como Pau dos Ferros, Assu e Mossoró torcem pela mudança de cenário, como também alguns deputados recém-eleitos sob os encantos das promessas de mudanças fáceis do atual governador.
Como se vê, poder e prestígio político nem sempre são sinônimos de vida fácil na política. O trabalho virá sempre em primeiro lugar!
A conferir...