segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Editorial: O que dizer dos políticos que utilizam o infortúnio da própria doença para instigar emocionalismo nos eleitores?


Graças a Deus, digo sinceramente, que na região do Alto Oeste não se tem notícias de nenhum político que esteja agonizando entre a vida e a morte, pois, todos que conheço estão muito bem. Portanto, não há motivos para nenhum tipo de lamentação ou propagação midiática sobre o tema.

Até o ex-prefeito de Pau dos Ferros, médico Nilton Figueiredo (PMDB), que nos últimos dias recebeu um tratamento diferenciado no luxuoso Hospital Sírio Libanês, em São Paulo-SP, procedimento que só um bom plano de saúde pode pagar, está viril como um jovem. 

Hoje à tarde, obtive a satisfação de ouvir Nilton Figueiredo através de uma emissora de rádio local e, para a alegria de todos aqueles que não desejam o mal ao próximo, percebi que o homem não apresentava o menor sinal de voz ofegante, pelo contrário, até bradou que estava "novinho em folha" e pronto para continuar exercendo suas atividades profissionais.

Fiquei feliz pela certeza que nenhuma debilidade física foi imposta à pessoa de Dr. Nilton, um ser humano que detém o meu respeito pessoal, assim como também ficaria caso soubesse de alguma notícia alvissareira a respeito do perfeito estado de saúde de qualquer outra pessoa comum, pois, meu pensamento empírico leva-me a crer que todos são iguais aos olhos de Deus.

Mas, o que dizer daqueles políticos que, no desespero de estar vivenciando o ostracismo, utilizam o infortúnio da própria doença para obter alguma espécie de promoção política instigando o emocionalismo nos eleitores?

Nestes casos, cujas práticas humilhantes ainda não enxergo que estão sendo utilizadas por essas bandas, digo que se o emocionalismo é ruim, muito pior é a tentativa deliberada de produzi-lo.

É como se o político em questão estivesse assinando o próprio atestado de esquecimento popular, recorrendo a mecanismos deprimentes de autopromoção para sair da famosa "terra de Lo-de Bar", cujo relato bíblico retrata ser um local onde ninguém deseja estar.  

Que bom que em Pau dos Ferros, até o momento, não se há registros desta artimanha mesquinha. Não é mesmo?

Glória a Deus por isso... Amém?