terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Editorial: Prefeito que não consegue administrar município em tempos de crise pode dizer adeus à reeleição.


É um fato concreto que o país inteiro está sofrendo com o alastramento da grave crise econômica. Só um alienado não consegue enxergar isso. Também é certo que todas as esferas da sociedade estão sendo atingidas com o chamado "efeito dominó". Portanto, diante deste quadro só restam duas alternativas: entregar-se às intempéries ou procurar mecanismos de superação ante a recessão.

Neste contexto, estão inseridos os governantes, os grandes e pequenos empresários, os profissionais liberais, autônomos e a massa em geral. Todos estão padecendo com o mesmo problema. A diferença está na reação de cada um diante do quadro pessimista.

Na seara política, os que necessitam reagir rapidamente diante do "monstro da crise" são os prefeitos que, em ano eleitoral, não poderão mais se dar mais ao luxo de apenas murmurar sobre a falta de verbas federais ou dificuldades orçamentárias sem apresentar à população ao menos uma fórmula de contornar toda essa problemática, sob pena de comprometerem os seus próprios projetos de renovação de mandatos.

O discurso da paciência, da tolerância e da espera não se aplica mais após três anos de uma ladainha interminável de "época das vacas magras", e por um motivo óbvio: o povo não elege um governante para que ele fique apenas ostentando poder com a força do cargo ou deleitando-se em projetos meramente fisiologistas. Não, pelo contrário!

Os gestores necessitam mostrar resiliência (habilidade de se adaptar com facilidade às intempéries) na condução da máquina pública e, urgentemente, apresentar uma agenda positiva de trabalho, caso contrário, podem começar a dizer adeus à reeleição.

Insistir no discurso do "falta tudo" diante da impaciência popular é um verdadeiro "tiro no pé".

Senhores, por favor, mudem esse discurso enfadonho. Sim? 

Não? Então "pega o boné" e saia! O povo agradece.