terça-feira, 29 de março de 2016

Assim como acontece em Pau dos Ferros, em São Miguel máquinas do PAC estariam sendo utilizadas de forma indevida na Zona Urbana.

As máquinas doadas pelo Governo Federal aos municípios que enfrentam os efeitos da estiagem, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), estão sendo utilizadas indevidamente em alguns municípios potiguares. Os flagrantes são feitos em plena luz do dia, e os gestores não temem punição alguma por parte do órgão doador pelo descumprimento do objetivo do programa.

No último sábado (26), o nosso blog recebeu uma denúncia de um cidadão revoltado com a forma que alguns veículos do PAC são utilizados no município de São Miguel, pois, de acordo com o relato que nos foi encaminhado, ao invés das máquinas estarem sendo aproveitadas para a melhoria de estradas vicinais, que ligam o perímetro urbano à zona rural, facilitando o transporte de produtos da agricultura familiar a feiras e mercados, estão servindo para a realização de serviços em propriedades particulares na zona urbana, como teria ocorrido neste fim de semana na rua Marechal Costa e Silva, Bairro Alto de Santa Tereza.

Ao meu ver, a denúncia merece uma atenção especial por parte do Ministério Público Federal já que, além das máquinas doadas pelo Governo Federal estarem, aparentemente, deixando de atender o público alvo e específico (habitantes da zona rural), a destinação dos equipamentos para o favorecimento de particulares, em ano eleitoral, insinua algo bem mais grave do que mero desvio de finalidade. 

O mais lamentável é que esta situação vergonhosa não é exclusividade apenas do município de São Miguel. Em Pau dos Ferros, por exemplo, os vereadores da bancada oposicionista procuraram o Procurador da República, Marcos de Jesus (Relembre AQUI), para denunciar a ocorrência das mesmas irregularidades constatadas no município serrano, algo que comprova uma certa indiferença dos gestores com as regras estabelecidas pelo Governo Federal para a utilização das máquinas financiadas com recursos da União.

Diante do descaso, resta-nos aguardar pelas providências que poderão ser tomadas pelos representantes do MPF.

A conferir.