O Ministério Público Federal emitiu parecer contrário à concessão
de habeas corpus ao ex-ministro Henrique Eduardo Alves, "cacique" histórico do PMDB no RN. Ele foi preso
preventivamente no dia 06 de junho, em decorrência da Operação Sepsis, como
garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal.
Acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ou
ocultação de bens, Henrique Alves teria se associado a Eduardo Cunha, Fábio
Ferreira Cleto, Lúcio Bolonha Funaro e Alexandre Rosa Margotto, com o
objetivo de obter vantagens indevidas na concessão de recursos oriundos
do FI-FGTS e das carteiras administradas do FGTS para diversas empresas, além de outras traquinagens com dinheiro público.
Para o Ministério Público Federal, é iminente o risco de Henrique, se posto em liberdade, trabalhar
diretamente para eliminação ou ocultação de provas, bem como orientar a
conduta de terceiros ou familiares, o que causará dificuldades na
tramitação do processo.
No parecer, o MPF considera Alves uma pessoa perigosa, criminoso em série, que pode continuar os crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro, por isso não merece outras medidas
cautelares diversas da prisão, nem a monitoração eletrônica, medida que
não tem capacidade de indicar se o monitorado está incorrendo na prática
de algum novo crime, se considerado seu modus operandi, mas apenas
indicar onde ele se encontra.
A previsão é que, nesta semana, o pedido de habeas corpus seja analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Se o MPF, em Brasília, diz que Henrique Alves é um criminoso perigoso, quem somos nós para discordarmos, não é verdade?
Cadeia nele!