Em Pau dos Ferros, especulações no seio oposicionista descrevem um cenário de distanciamento entre o grupo liderado pelo ex-prefeito Dr. Nilton Figueiredo (PMDB) e os aliados do governador Robinson Faria (PSD) no âmbito local.
Na "terra dos vaqueiros bravios", o grupo que goza de maior prestígio junto ao Chefe do Executivo estadual é o do ex-prefeito Fabrício Torquato (PSD), que apesar de ter se desiludido com a política, é primo do deputado estadual Galeno Torquato (PSD) e, portanto, detém maior influência sobre as indicações para o preenchimento de cargos nas repartições públicas do Estado.
Acontece que, entre os que fazem oposição à atual gestão municipal, verdade seja dita, quem possui o maior capital eleitoral é Dr. Nilton. No entanto, segundo dizem, depois que o médico recuou nas conversas para apoiar Galeno Torquato, um processo de retaliação teria sido deflagrado pelo deputado micaelense no sentido de "fechar as portas" do Governo para Figueiredo, algo que poderá gerar desdobramentos no momento das definições dos apoios no município às eleições de 2018.
Evidentemente que, se Nilton Figueiredo continuar sendo preterido por Robinson Faria, em virtude da suposta "pressão" do deputado Galeno, possivelmente, o peemedebista resolverá dar o troco optando por considerar apenas duas opções de voto para o Governo do Estado: Fátima Bezerra (PT) ou Carlos Eduardo Alves (PDT).
Como todos sabem, Carlos Eduardo é o nome preferido dos senadores Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino (DEM) para o pleito de 2018. Neste caso, na hipótese do ex-prefeito pau-ferrense se entender com o atual prefeito de Natal, provavelmente visualizaremos em Pau dos Ferros, mais uma vez, Nilton Figueiredo e Leonardo Rêgo (DEM) apoiando o mesmo candidato a governador, assim como aconteceu no primeiro turno das eleições de 2014.
Vale salientar que Dr. Nilton já foi secretário de Esporte e Lazer de Natal na gestão de Carlos Eduardo, fato encarado como positivo por alguns aliados do deputado Gustavo Fernandes (PMDB), principal beneficiado com essa história. Afinal, toda essa celeuma só contribui para a permanência de Figueiredo como seu aliado.
Claro que um vislumbre do que poderá ocorrer não caracteriza-se como algo concreto, apesar de fazer parte e até mesmo esquentar o jogo de bastidores. Todavia, entendo que ainda é muito cedo para apontarmos um desfecho dessa situação.
Porém, na principal cidade do Alto Oeste potiguar muito já se fala sobre o assunto, principalmente nas rodas de conversa sobre o embate eleitoral do próximo ano. Resta-nos aguardar para constatarmos até onde vai esse "disse me disse".
Que venha o amanhã.