terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

É nesta quarta (21): MPF promove audiência no Alto Oeste Potiguar para debater regularização das terras quilombolas. Evento será realizado no auditório da UFERSA, em Pau dos Ferros.

O Ministério Público Federal (MPF) realizará, nesta quarta-feira (21), uma audiência pública para debater o processo de regularização de terras quilombolas localizadas nos municípios da região conhecida como Alto Oeste Potiguar, no Rio Grande do Norte.


Intitulado "Ancestralidade e Reconhecimento: Direitos Territoriais das Comunidades Quilombolas do Alto Oeste Potiguar", o evento será realizado a partir das 10h, no auditório da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), campus Pau dos Ferros, em formato híbrido (presencial e virtual), sendo transmitido pelo canal do MPF no Youtube.

O evento será dividido em dois turnos, das 10hs às 12h30 e das 13h30 às 16h30. A coordenação dos debates ficará a cargo da procuradora da República Renata Muniz Evangelista Jurema, titular do 4º Ofício da Procuradoria da República no Município de Mossoró (RN).

As informações e propostas colhidas durante a audiência pública vão subsidiar o Procedimento Administrativo n° 1.28.300.000122/2020-37, instaurado no MPF para acompanhar as políticas públicas voltadas ao reconhecimento dos direitos territoriais das comunidades quilombolas do Alto Oeste Potiguar. Atualmente, existem sete comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares na região, sendo que apenas uma delas obteve a outorga de título coletivo da propriedade, conforme previsto no Decreto nº 4.887/20034.

A audiência pública será gravada e a ata publicada na página eletrônica do MPF na internet. A iniciativa busca assegurar o cumprimento da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O normativo estabelece que as comunidades tradicionais devem ser consultadas, de forma livre e informada, antes de serem tomadas decisões que possam afetar seus bens ou direitos. Por isso, o MPF reforça a importância da participação de todos os interessados no debate, especialmente das comunidades quilombolas da região.