Revelando um cenário totalmente paradoxal ante o resultado da eleição estadual, o último registro de uma movimentação política realizada na cidade de Pau dos Ferros foi protagonizado, incrivelmente, por quem não teria (em tese) motivos racionais para participar de comemorações: o Ex-prefeito, Leonardo Rêgo (DEM), que amargou a derrota do seu candidato a governador, Henrique Alves (PMDB).
Espertamente, no dia seguinte da situação constrangedora vivenciada pelo seu grupo político no dia 26 de outubro, Leonardo Rêgo procurou rapidamente demonstrar que não havia assimilado o duro golpe das urnas, tampouco perdido o seu prestígio político aqui na terrinha.
Em virtude disso, tratou logo de reunir os seus correligionários para "bater a poeira", "curar as feridas", consolar os desconsolados e, consequentemente, reanimar os seus "soldados" mais "feridos" para o enfrentamento de futuras batalhas, com ênfase para eleição municipal de 2016 quando irá encarar o atual Prefeito, Fabrício Torquato, candidato natural à reeleição.
Logo após, Leonardo comandou uma carreata pelas principais ruas da cidade objetivando sinalizar à população que encarou o resultado da eleição para governador como atípico e sem nexo quanto aos prognósticos futuros, especificamente no que se referem a qualquer tipo de comparação do seu capital eleitoral com o desempenho sofrível de Henrique Alves.
Ao final da manifestação inusitada, muitos foram os questionamentos com relação às motivações que desencadearam esta situação pitoresca narrada acima, porém, passados alguns dias, alguns já começam a enxergar tal fato como um reflexo de polivalência, tendo em vista que a "carreata da derrota" foi a última movimentação política realizada na cidade, contrariando todas as expectativas.
Como se vê, até as vitórias podem ser usurpadas ante a inércia dos que não aparentam valorizar as mais preponderantes conquistas, quanto mais os méritos por ações que não aparecem ou não são devidamente propagadas.
Se é verdade o que me disseram esses dias: Nem sempre quem ganha vence, faz-se necessário triunfar, incessantemente, até que não restem mais opções aos escarnecedores.
Por último, afirmo que não são só as derrotas que nos impulsionam a corrigir os erros, às vezes, a vitória serve também como uma grande mestra de vida.
Resumindo, é isto.