O promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes, que acusa Tiririca, eleito deputado federal pelo PR com 1,35 milhão de votos, de não ter preenchido de próprio punho a declaração de escolaridade exigida por lei, vai entrar com mandato de segurança para que o palhaço seja submetido a novos testes sobre o seu grau de alfabetização. A declaração foi feita em nota divulgada ontem pelo promotor Lopes, do Ministério Público Eleitoral, que apresentou a denúncia contra Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, em outubro.
Na audiência dirigida ontem pelo juiz da Primeira Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, Tiririca teve de escrever um trecho do livro "Tribunal Regional Eleitoral, Uma retrospectiva", além de ler e interpretar duas notícias publicadas em um jornal paulistano do dia. Mas o desempenho dele não deixou o promotor satisfeito:
Na audiência dirigida ontem pelo juiz da Primeira Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, Tiririca teve de escrever um trecho do livro "Tribunal Regional Eleitoral, Uma retrospectiva", além de ler e interpretar duas notícias publicadas em um jornal paulistano do dia. Mas o desempenho dele não deixou o promotor satisfeito:
"Em situações análogas, o Tribunal Superior Eleitoral considerou que seria alfabetizado quem acertasse 30% de um teste. Eu não vi 30% de acerto no ditado. Não encontrei isso", disse o promotor.
Tiririca teve de escrever o texto "A promulgação do Código Eleitoral, em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral", escolhido aleatoriamente, pelo juiz, na página 51 do livro "Justiça eleitoral - Uma restrospectiva".
Precisou ainda ler e interpretar duas notícias publicadas por um jornal da cidade. De 10 vocábulos que escreveu, ele errou nove", disse Ribeiro Lopes, sem dar detalhes sobre as palavras incorretas e quais os erros cometidos.
Ontem, o promotor queixou-se também de que o juiz teria cerceado os direitos do Ministério Público Eleitoral ao negar seus pedidos de quebra do sigilo fiscal e bancário de Tiririca, e para realização de perícia técnica para avaliar o grau de alfabetização do acusado. A primeira solicitação se deve ao fato de o então candidato ter dito a uma revista que, para driblar eventuais processo de pedido de pensão alimentícia por parte da ex-mulher, passou seus bens para nomes de terceiros.
No entanto, segundo o TRE-SP, qualquer que seja a sentença do julgamento, Tiririca deve ser diplomado deputado federal em 17 de dezembro. A partir daí, passará a contar com foro privilegiado, e o processo é encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Tiririca teve de escrever o texto "A promulgação do Código Eleitoral, em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral", escolhido aleatoriamente, pelo juiz, na página 51 do livro "Justiça eleitoral - Uma restrospectiva".
Precisou ainda ler e interpretar duas notícias publicadas por um jornal da cidade. De 10 vocábulos que escreveu, ele errou nove", disse Ribeiro Lopes, sem dar detalhes sobre as palavras incorretas e quais os erros cometidos.
Ontem, o promotor queixou-se também de que o juiz teria cerceado os direitos do Ministério Público Eleitoral ao negar seus pedidos de quebra do sigilo fiscal e bancário de Tiririca, e para realização de perícia técnica para avaliar o grau de alfabetização do acusado. A primeira solicitação se deve ao fato de o então candidato ter dito a uma revista que, para driblar eventuais processo de pedido de pensão alimentícia por parte da ex-mulher, passou seus bens para nomes de terceiros.
No entanto, segundo o TRE-SP, qualquer que seja a sentença do julgamento, Tiririca deve ser diplomado deputado federal em 17 de dezembro. A partir daí, passará a contar com foro privilegiado, e o processo é encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).