João Maia reage e contesta acusações dos procuradores


O deputado federal João Maia, presidente estadual do PR, acusou o Ministério Público Eleitoral de apontar fatos que não são verdadeiros nas acusações de que o parlamentar teria praticado o crime de "Caixa 2" durante o pleito 2010. 

Em nota oficial, publicada na tarde de ontem, o parlamentar frisou que todos os valores do aluguel de veículos estão disponíveis no próprio site do Tribunal Superior Eleitoral. João Maia contesta a denúncia do MPE e frisa que não há qualquer irregularidade, já que os gastos estão descritos na apresentação das contas do comitê de campanha do PR.

"Tal fato, simplesmente, não é verdade. O gasto total com a locação/cessão de veículos durante minha campanha foi de R$ 339.527,50, gasto este devidamente declarado à Justiça Eleitoral. Ressalto que a prestação de contas de minha candidatura já foi inclusive analisada e aprovada, sem nenhuma ressalva, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, com todos os pareceres técnicos, inclusive da Procuradoria Regional Eleitoral, favoráveis à aprovação daquelas contas", disse o deputado.

No comunicado, ele ressaltou que não teve o direito de apresentar qualquer contestação no processo investigatório aberto pelo Ministério Público Eleitoral. 


"O que me causa tristeza é que se me tivesse sido possibilitada a oportunidade, todas essas explicações teriam sido prestadas ao MPE. Até porque tais informações são públicas. O MPE, assim como qualquer cidadão, pode verificar as despesas de campanha da minha candidatura (incluindo aquelas com a locação/cessão de veículos) através de consulta ao site do Tribunal Superior Eleitoral, informações estas disponíveis desde novembro de 2010", destacou o parlamentar.

Na prestação de contas do comitê de campanha do PR, disponível no site do TSE, está discriminado o valor de  339.527,50 para cessão ou locação de veículos. Além disso, no demonstrativo apresentado pela campanha do deputado federal há outros R$ 47.927,50 que teriam sido gastos como despesa para o mesmo fim.

Procurado pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, o Ministério Público Eleitoral, por intermédio da Assessoria de Imprensa afirmou que "todas as informações contantes na representação da Procuradoria Regional Eleitoral se baseiam em documentos presentes nos autos. Como a documentação encontra-se no Tribunal Regional Eleitoral, uma eventual reanálise somente poderá ser feita quando em posse do referido material".