Rosalba Ciarlini: "Datanorte será liquidada"

 
Um dos ber­ços dos car­gos co­mis­sio­na­dos que re­cen­te­men­te foi alvo de au­di­to­ria do Mi­nis­té­rio Pú­bli­co do Tra­ba­lho (MPT) está com os dias con­ta­dos. A Com­pa­nhia de Pro­ces­sa­men­to de Dados do RN, ou sim­ples­men­te Da­ta­nor­te, será li­qui­da­da. A in­for­ma­ção foi di­vul­ga­da pela go­ver­na­do­ra Ro­sal­ba Ciar­li­ni (DEM), du­ran­te uma co­le­ti­va cheia de re­gras.

Ro­sal­ba ex­pli­cou que não com­pen­sa para o Es­ta­do man­ter o órgão aber­to e que por isso será fe­cha­do. "A Da­ta­nor­te será li­qui­da­da. É um custo que não vale mais a pena para o Es­ta­do ficar ar­can­do com ele", re­ve­lou.

A Da­ta­nor­te sem­pre foi um dos ór­gãos mais de­se­ja­dos por apa­dri­nha­dos po­lí­ti­cos li­ga­dos ao go­ver­no, por com­por­tar vá­rios car­gos co­mis­sio­na­dos sem fun­ções es­pe­ci­fi­car e al­guns com de­sig­na­ções que se­riam ex­clu­si­vas de ser­vi­do­res con­cur­sa­dos. 
 
No mês pas­sa­do, o juiz José Rego Jú­nior, do Tri­bu­nal Re­gio­nal do Tra­ba­lho (TRT), de­ter­mi­nou a re­ti­ra­da de vá­rios deles, o que oca­sio­nou na re­du­ção da folha do órgão em torno de 55%. Na de­ci­são do juiz, ele ob­ser­vou que a no­mea­ção de pes­soas alheias para tais car­gos era frau­du­len­ta, uma vez que a ocu­pa­ção dos car­gos evi­ta­va a rea­li­za­ção de con­cur­sos pú­bli­cos.

Mas o fim não deve ficar so­men­te com a Da­ta­nor­te. Du­ran­te a co­le­ti­va, a chefe do Exe­cu­ti­vo es­ta­dual tam­bém con­fir­mou que o Es­ta­do não tem qual­quer res­pon­sa­bi­li­da­de sobre o Mo­vi­men­to de In­te­gra­ção e Orien­ta­ção So­cial (Meios) e que não cabe ao Go­ver­no de­ci­dir se o órgão vai fe­char ou não. 
 
"O que de­vía­mos do con­vê­nio nós já pa­ga­mos. Era uma dí­vi­da de R$ 3,3 mi­lhões. O Meios não é do Go­ver­no do Es­ta­do. É uma ONG (or­ga­ni­za­ção não-governamental) e tem sua di­re­to­ria", disse.