O Senado criou uma comissão de sindicância para apurar denúncias de fraudes no sistema de ponto biométrico.
Na última sexta-feira, data escolhida para que 4.967 dos 6.027 funcionários efetivos e comissionados apresentassem o crachá e inserissem o polegar nos pontos de registro, servidores foram flagrados batendo ponto e voltando para casa. Em vez de acessar os pontos para coleta de frequência que ficam nas dependências internas do Senado, os gazeteiros utilizavam aparelhos externos, fixados nos arredores do serviço médico da Casa.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considerou “graves” as denúncias. “Naturalmente, o funcionário é obrigado a trabalhar. Ele faz concurso, mas é o povo que paga o salário de todos. Manchar a imagem da Casa, não. Temos mais de 5 mil funcionários e o Senado mostrou que deseja controlar a frequência”, criticou Sarney.
De acordo com a Secretaria de Comunicação, o grupo encarregado de apurar a fraude no sistema de ponto biométrico terá até 30 dias para analisar os fatos.
Se a investigação apontar a má-fé dos servidores na tentativa de burlar o sistema de registro, a comissão pode sugerir a instauração de processo administrativo disciplinar contra os funcionários envolvidos na fraude.