Uma futura candidatura de Nilton Figueiredo em 2012 esbarra no obstáculo da legalidade, pois ele encontra-se inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, por ter as contas da sua administração reprovadas pela Câmara Municipal de Pau dos Ferros e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O Legislativo e a Corte das Contas encontraram problemas insanáveis, como falta de prestação de contas de despesas feitas com dinheiro público e outras falhas graves.
Pela Lei da Ficha Limpa, nenhum gestor público condenado por colegiado ou que tenha as suas contas reprovadas pelo Legislativo ou tribunais de contas, podem se candidatar a cargos eletivos. Além do mais, o ex-prefeito também responde a processos na Justiça Federal.
Um deles é o caso do aterro sanitário, em que o ex-prefeito prestou contas do dinheiro federal, mas não realizou a obra. O processo tramita na 8ª Vara da Justiça Federal, com sede em Mossoró, com possibilidade de julgamento logo.
Talvez sejam os problemas com a Justiça que façam Nilton Figueiredo repensar o projeto de disputar a Prefeitura em 2012. Deixar a vaga para o filho Bráulio seria a melhor saída, pois o ex-prefeito continuaria com o espaço político resguardado.
Para os chamados niltistas, Bráulio seria o nome ideal para enfrentar um candidato apoiado por Leonardo Rêgo, uma vez que atenuaria o discurso da juventude – marca registrada do atual prefeito.
Bráulio, segundos os asseclas de Nilton, estaria em pé de igualdade com o provável candidato governista, que é o jovem Fabrício Torquato, atual vice-prefeito.
Com Nilton ou o filho Bráulio, o certo é que a sucessão pau-ferrense está bipolarizada, com os grupos tradicionais fechando todas as portas para o surgimento de uma terceira via.
Com informações do Jornal de Fato