O Senador e Presidente Nacional do Democratas, José Agripino Maia, falou ao Jornal de Fato no último domingo (14), sobre a consolidação da aliança DEM/PMDB no Rio Grande do Norte.
Na entrevista, o senador deixou claro que a aliança para 2012 entre os dois partidos não poderá ser encarado como um fator meramente circunstancial, pois segundo Agripino, esse entendimento representa a continuidade de uma união vitoriosa iniciada entre DEM e PMDB no ano de 2006 e consagrada posteriormente (nas urnas) nas eleições de 2010 com a vitória inédita do trio: "Rosa, Gari e JáJá".
Sobre a extensão da aliança para os municípios, Agripino externou que a vontade do DEM é ampliar a união para fortalecer as duas legendas e onde houver a possibilidade de se aparar as arestas, em conformidade com o desejo de Henrique Alves, serão feitas para que ocorram as convergências políticas paroquiais.
Confira abaixo um trecho da entrevista:
JORNAL DE FATO - Essa aliança anunciada do DEM com o PMDB evidencia, e o senhor mesmo já fez essa afirmação, que os dois partidos pensam em 2014?
JOSÉ AGRIPINO: "É preciso que se entenda um pouco diferente do que está sendo colocado. A aliança do Democratas com o PMDB não é um fato novo. Ela ocorreu quando a nossa governadora (Rosalba Ciarlini) e o senador Garibaldi Filho se uniram. Rosalba ganhou e Garibaldi não ganhou. No momento seguinte, Garibaldi - que fala por um bom pedaço do PMDB - fez a aliança, a campanha inteira com Rosalba e ganhamos os três, de forma inédita, como havia muito tempo não acontecia. Ganharam a governadora e os dois senadores. Em uma forma clara de que o eleitor do PMDB e o eleitor do Democratas convivem bem e não há constrangimento em DEM votar no PMDB e PMDB votar em DEM.
JORNAL DE FATO - E o que precisa para essa aliança se consolidar?
JOSÉ AGRIPINO: "O QUE queremos é robustecer a aliança feita informalmente na eleição de Rosalba, Agripino e Garibaldi. Ela se transformará em formal na medida em que o presidente do PMDB, Henrique Eduardo Alves, concorde e faremos as alianças formais para 2012 nos municípios onde se puder fazer. Ou seja, destravado o diálogo, resta-nos a tarefa de aplainar divergências que possam existir nos municípios com vistas a conquistas do PMDB e do DEM.
A partir das declarações do senador Agripino, podemos vislumbrar que uma aliança entre DEM e PMDB em Pau dos Ferros não está totalmente descartada como afirmam alguns, pois o objetivo dos líderes das duas legendas é caminharem num mesmo propósito, ou seja, buscar o fortalecimento.
Então...
Não adiantará em nada alguns liderados do deputado Henrique Alves, (leia-se Gustavo Fernandes e Cia...) 'espernearem', 'gritarem', 'chorarem' ou fazerem algo parecido para tentar evitar aquilo que está mais claro do que o sol do meio-dia, a não ser que as posições sejam invertidas e os liderados passem a decidir no lugar dos líderes.
Alguém acredita nesta possibilidade?
Traduzindo: Quem vai decidir se a aliança ocorrerá em Pau dos Ferros, serão os presidentes do DEM e do PMDB, José Agripino e Henrique Alves respectivamente, e não os subalternos.
Ou eu estou errado?
Conforme teria dito o deputado Henrique Alves em uma conversa com o senador Agripino, segundo uma fonte segura: "Os aliados que se adequem a esta realidade (leia-se aliança DEM/PMDB nos municípios) e dirimam as divergências conforme as circunstâncias paroquiais."