Jardim de Piranhas: Ministério Público investiga funcionários fantasmas

 
A Promotoria de Justiça da Comarca de Jardim de Piranhas instaurou Inquérito Civil para investigar supostas ilegalidades na administração pública de Jardim de Piranhas consistentes na remuneração mensal e integral de servidores municipais que não comparecem ao trabalho ou descumprem carga horária exigida dos demais. Além disso, será verificada a omissão da gestão municipal quanto à adoção de medidas para apurar e fazer cessar essa prática. 

No dia 18 de abril deste ano, foi instaurado o Procedimento Preparatório nº 004/2011 em razão da representação recebida pela Promotoria de Justiça informando que diversos servidores do executivo municipal participam dessa prática ilegal e que a administração municipal não toma nenhuma providência sobre isso.

A Promotoria de Justiça requisitou expedição de ofício para a Presidente da Comissão Especial instituída pelo Prefeito do Município através da Portaria nº 196/2011-GP, requisitando cópia do relatório conclusivo do procedimento administrativo instaurado com vistas à apuração das supostas irregularidades alusivas ao não cumprimento da carga horária de trabalho por servidores. Para resposta, foi concedido um prazo de 10 dias.  
 
Informações do MP-RN
 
Comentário do Blog: A existência dos assim denominados "funcionários fantasmas" constitui prática perniciosa da máquina pública e fere diversos princípios constitucionais de observância obrigatória para toda a Administração Pública, tais como: a moralidade administrativa, a eficiência, a impessoalidade, a finalidade administrativa e o da eficiência. 
 
Funcionário fantasma é aquela pessoa nomeada para um cargo público que jamais desempenha as atribuições que lhe cabem, ou seja, o sujeito recebe sem trabalhar, se enriquece ilicitamente à custa do erário público e do suor do contribuinte, na maioria das vezes com remunerações muito superiores à da maioria da população brasileira, que não conta com o denominado "padrinho político" ou "pistolão".
 
A parte vergonhosa desta situação é que em alguns lugares essa prática imoral é sinal de status e influência política, o que equivale a dizer que o beneficiário está acima das leis que valem para o restante da população desprovida, e que, portanto, tem o direito de receber polpudas quantias mensais pelo hipotético e "etéreo exercício de cargo público".

Resumindo: Enquanto alguns "espertinhos" recebem sem trabalhar e enriquecem somente atuando como "bajuladores oficiais" de alguns políticos megalomaníacos vaidosos...

A maioria dos trabalhadores brasileiros honestos sofrem com péssimos salários.
 
Que dureza...