20 por cento dos deputados querem disputar prefeituras


Menos de um ano após tomarem posse, cinco deputados estaduais já planejam trocar de função e disputar, em outubro, uma cadeira de prefeito. A média é de 20% da Assembleia Legislativa, que dispõe de 24 parlamentares. 

Se somados aos que devem participar ativamente do pleito, seja na condição de protagonistas ou de apoiadores de familiares em primeiro grau, esse cálculo passa a ser de 15 (ou 61 %). 

Os deputados Fernando Mineiro (PT) e Hermano Morais (PMDB) são pré-candidatos declarados em Natal. Assim como eles, Larissa Rosado, do PSB, já cumpre agenda de futura candidata em Mossoró. Esses três se juntam a Poti Júnior, cujo nome já figura nas listas de candidaturas do PMDB para a disputa majoritária em São Gonçalo do Amarante; e Gilson Moura, que embora já enfrente resistências dentro da própria sigla, o PV, poderá ser o nome dos verdes na campanha de Parnamirim.

A Assembleia Legislativa conta ainda em seus quadros com cabos eleitorais potenciais, mas que não concorrerão ao pleito. São os prováveis impulsionadores de candidaturas de parentes próximos. Um exemplo é o próprio presidente da Casa. O deputado Ricardo Motta (PMN) será o principal cabo eleitoral do filho, Rafael Motta, pré-candidato a vereador em Natal. 

Situação semelhante ocorre com Agnelo Alves (PDT), que participará da campanha do filho Carlos Eduardo Alves (PDT); Antônio Jácome, que também se somará ao projeto do filho Jacó; e Getúlio Rêgo, que ajudará na sucessão de Leonardo Rêgo, no município de Pau dos Ferros.

Dos 24 parlamentares da AL somente Fábio Dantas (PHS), José Dias (PSD), Leonardo Nogueira (DEM), Raimundo Fernandes (PMN), Vivaldo Costa (PR) e Walter Alves (PMDB) não dispõem de parentes em primeiro grau na disputa.  

A média de parlamentares diretamente envolvidos (neste caso somente por candidatura própria) é ligeiramente inferior à do Congresso Nacional, que é de 21%, segundo levantamento do jornal Folha de São Paulo.

Com informações do Tribuna do Norte