Deu no Jornal Correio da Tarde:
A troca da direção geral do Hospital Cleodon Carlos de Andrade, no final do ano passado, quando o médico Etelânio Figueiredo deixou o cargo que foi assumido por Boanerges Júnior, não melhorou as condições de atendimento do hospital de Pau dos Ferros que atende pacientes de 36 municípios do Alto Oeste do Rio Grande do Norte.
De acordo com relato dos próprios servidores do hospital, faltam medicamentos e material para procedimento cirúrgico. Além disso, a falta de médicos TAM agravado ainda mais a situação.
"Não temos sequer soro para os pacientes internados. Somos obrigados a pedir os familiares que comprem o soro, e aqueles que vem de outros municípios, nós já antecipamos que eles tragam, porque caso o paciente fique internado ele já traz o soro", disse uma servidores que não quis se identificar.
Além do soro, falta antibiótico e outros tipos de medicamentos. Os poucos remédios existentes no estoque da farmácia do hospital forma obtidos através de pacientes que receberam alta hospitalar ou de familiares de pacientes que faleceram.
O cenário do Hospital Regional de Pau dos Ferros entra em total contraste com as regularidades necessárias ao bom andamento da prestação dos serviços da saúde.
Logo na unidade de atendimento, é possível verificar as deficiências existentes principalmente na área da infra-estrutura onde foram constatados entraves pela inexistência de material para funcionamento de equipamentos como Raio X, sucateamento da estrutura física e um cenário de revolta e insatisfação em meio ao corpo funcional.
Na cidade as opiniões se dividem, quando envolve os reais motivos que tornam o HRCC um dos maiores problemas da região do Alto Oeste do Estado.
O novo diretor do Hospital, Boanerges Júnior tem evitado falar com a imprensa, o que tem feito com que a população e principalmente os pacientes e funcionários possam ter uma previsão de quando os problemas que maculam o atendimento do Hospital Regional serão solucionados, ou pelo menos amenizados.
"Infelizmente esse cenário de caos vem se acumulando ao longo de vários anos. Entra governador, sai governador, e a situação só se agrava", disse o autônomo, Josenildo Pereira que constantemente faz o transporte de pacientes de outros municípios para o hospital.