Pau dos Ferros: Demora nas nomeações deixa comissionados ansiosos.


É a coisa mais natural e acontece em qualquer lugar quando entra um novo prefeito: a exoneração de todos os comissionados conforme preconiza a lei para uma posterior nomeação de novos ocupantes de cargos de confiança por parte do Chefe do Executivo.

Comissionado é um servidor público que entra para a administração sem concurso, por isso não possui estabilidade e seu contrato de trabalho é por tempo limitado, normalmente vinculado a quem o indicou, portanto quando o mandato chega ao fim... Este também é o momento da saída do servidor comissionado.

Legalmente esse tipo de servidor só poderia ser nomeado em casos específicos e somente para cargos de chefia ou assessoramento, e somente em atividades nas quais a prefeitura não tenha servidores efetivos atuando, mas o que normalmente se vê passa longe disso. 


Em Pau dos Ferros a realidade não é diferente. Com a saída do Ex-prefeito, Leonardo Rego, muitos foram demitidos em virtude da obrigatoriedade constitucional e agora, esperam (ansiosamente) por uma convocação oficial do novo Prefeito para voltarem às suas atividades profissionais.

Contudo, a demora do Prefeito, Fabrício Torquato, em nomear novamente aqueles que deixaram o quadro de servidores do município tem gerado incertezas e questionamentos até mesmo dentro do grupo governista. Enquanto alguns temem serem substituídos em virtude das conveniências políticas, outros levantam dúvidas sobre a real situação financeira encontrada pelo novo gestor. 

Este momento de indefinições também tem causado um certo desconforto na base política do atual prefeito que, mesmo timidamente, começa a apresentar os primeiros sinais de insatisfações. 

Afinal, do jeito que a situação está sendo conduzida pelo Prefeito Fabrício passa-se a ideia que o Ex-prefeito deixou um belo "abacaxi financeiro" para ser descascado e isso, com certeza, não agradaria muito a Leonardo Rego que passou oito anos dizendo que o dinheiro público "dava cria" em suas mãos.

Pelo visto, ou Fabrício nomeia logo os neo-desempregados para trabalharem ou terá que preparar-se para enfrentar a revolta da "turma do contracheque" que, diga-se de passagem, ainda não está preparada (psicologicamente) para deixar de usufruir dos benefícios de ser aliado de quem está no centro do poder.

Como diria um amigo meu: "O costume é o que mata!"