Deputado Kelps Lima diz que versão do Governo sobre crise financeira aponta para falência do Estado.


O deputado estadual do PR, Kelps Lima, vive uma situação conflitante com relação ao Governo do Estado: ou acredita no que a gestão Rosalba Ciarlini está dizendo com relação às finanças públicas e, assim, vê que o Estado caminha para a falência, ou nega tudo isso e critica a gestão pela falta de investimentos em áreas vitais da administração estadual. Pelo menos, foi isso que o parlamentar afirmou em entrevista nesta segunda-feira (29).

"Se formos acreditar no que o Governo está pregando, é acreditar que o Estado está caminhando para a falência. Vai falir", afirmou ele, que protocolou um pedido de convocação para os secretários estaduais de Administração e Recursos Humanos, Álber Nóbrega, e de Planejamento e Finanças, Obery Rodrigues, irem à Assembleia Legislativa para dar esclarecimentos sobre as contas públicas estaduais.

Segundo Kelps Lima, não se pode mais "viver nessa incerteza que numa hora é um mar de rosas e na outra é uma tempestade". Além disso, vai cobrar explicações mais detalhadas dos ordenadores de despesa do RN. 

"Não vamos mais aceitar desculpas genéricas, como por exemplo que o plano de cargos inviabilizou a folha", afirmou o deputado do PR, acrescentando que se for o caso, "então apresente um projeto para cancelá-los. O que não pode é ficar empurrando isso com a barriga e comprometendo as contas do Governo".

Sem moral

Segundo Kelps Lima, o Governo do Estado precisa apresentar projetos e, também, mudar sua postura diante dos gastos públicos. "A atual gestão não tem força para promover esse diálogo (sobre as contas públicas e o corte de gastos) com os demais poderes", analisou Kelps Lima, acrescentando que, enquanto o Governo prega a dificuldade financeira, "a governadora gasta R$ 132 mil para ir ao Rio de Janeiro e voltar". "Falta uma postura austera que dê moral para abrir esse debate", acrescentou.

Isso porque, segundo Kelps Lima, se o Governo do Estado tivesse uma postura "exemplar", não seria problema cortar os salários. "Está faltando dinheiro para o duodécimo? Esse é o de menos . Está faltando dinheiro para o remédio, para papel, para tudo", afirmou ele.

Informações do Portal No Ar