Com Leonardo Rêgo mais cauteloso, Fabrício Torquato adotou postura de líder contra a tese de apoio a Henrique Alves.


Ainda sobre a reunião realizada, nesta quarta-feira (16), em Pau dos Ferros, com lideranças locais do DEMOCRATAS visando definir apoios às eleições de outubro, especificamente para os cargos de Governador e Senador, saliento que um fato chamou a atenção dos presentes: o excesso de cautela do Ex-prefeito, Leonardo Rêgo, em se posicionar sobre o pleito, contrastando com a postura firme do atual Prefeito, Fabrício Torquato, de rejeição à união com os adversários locais do PMDB e sinalizando favoravelmente pela candidatura de Robinson Faria (PSD).

Oras, na minha opinião, Fabrício Torquato agiu em consonância com as vozes da maioria não só pela necessidade de adotar uma postura de líder, mas também pelo fato do tradicional grupo liderado por sua mãe, Ex-vice-prefeita Maria Rêgo, ter sido preterido por Henrique Alves num passado bem recente, que acabou entregando o comando do PMDB aos maiores adversários do atual gestor pau-ferrense, numa manobra rasteira e traiçoeira.

Talvez, em virtude disso, Fabrício tenha deixado claro na reunião que de um lado estavam os traidores que nunca fizeram nada por Pau dos Ferros e do outro aqueles que não lhe fizeram mal, além de ter enfatizado a preocupação com a sua governabilidade, já que dificilmente sua administração terá prioridade num hipotético governo do peemedebista Henrique Alves.

Contudo, também é compreensível o posicionamento mais ponderado de Leonardo Rêgo, afinal, o seu pai que é candidato à reeleição, deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM), deve satisfações partidárias ao líder do DEM, José Agripino, que estaria pressionando ambos para não abandoná-lo neste momento de enfraquecimento da legenda.

Independentemente das razões que levaram Leonardo e Fabrício a se comportarem de formas diferentes, vale ressaltar que neste momento de definições políticas um detalhe importante não poderá ser deixado de lado: a vontade popular.

Querer "remar contra a maré", adotar posicionamentos alheios aos anseios dos liderados agora em 2014 poderá custar caro em 2016, quando ocorrerão as eleições municipais e depois... Ficará difícil juntar os que forem entregues à própria sorte por meras conveniências individuais.

Como duvido muito que qualquer um dos dois resolva arriscar perder a credibilidade junto aos liderados, aposto numa convergência em favor da opinião da maioria, até aqui, notadamente contra a união de bicudos e bacuraus no âmbito local.

Confirmando-se essa tese, "Léo" e Fabrício voltarão a ter posturas semelhantes em prol da unidade do grupo que lideram.

A conferir...