Tiro no pé: Vitória de Robinson Faria em Pau dos Ferros foi um recado claro da população contra a "união" dos caciques políticos locais.

Caciques locais deram um "tiro no pé".

A vitória do candidato a governador Robinson Faria (PSD) em Pau dos Ferros soou como um recado claro da população contra a "união" dos caciques políticos locais que, por medo ou conveniência, decidiram esquecer as desavenças de anos para se acomodarem, cada um ao seu modo, no palanque de Henrique Alves (PMDB). Enfim, deram o chamado "tiro no pé".

A resposta do povo foi imediata! Robinson Faria venceu com 5.972 votos (47,75%) enquanto que Henrique Alves obteve 5.722 sufrágios (45,75%). Portanto, uma maioria apertada de 250 votos, mas emblemática tendo em vista que o candidato do PMDB contava com o apoio do Prefeito, Fabrício Torquato (DEM), do Ex-prefeito, Leonardo Rêgo (DEM), do Deputado Estadual, Getúlio Rêgo (DEM), do Deputado Estadual, Gustavo Fernandes (PMDB), do Ex-prefeito Nilton Figueiredo (PMDB), e de mais 7 vereadores (cinco governistas e dois oposicionistas).

Com o apoio de apenas dois vereadores, Robinson recebeu o voto livre da população que repudiou os acordos firmados nos gabinetes fechados da capital para tentar juntar e misturar "bicudos" e "bacuraus" aqui na terrinha.

Sem dúvidas, esse resultado deve ser analisado e bastante refletido por toda classe política local (oposicionistas e situacionistas), pois o povo mostrou que não se ganha campanha trocando princípios partidários por sacos de dinheiro ou arrumadinhos sazonais. Pelo contrário, os eleitores sinalizaram que desejam ser ouvidos e ter as suas convicções individuais respeitadas.

Ficou provado também que uma coisa é o voto depositado na urna para a disputa proporcional e outra, totalmente diferente, é tentar empurrar na goela do eleitor um voto forçado para o pleito majoritário. Afinal, o povo é sábio e detecta de longe quando estão tentando subestimá-lo.

Pegou muito mal a onda do "tá todo mundo junto e misturado", a população exige mais coerência e menos conveniência. Só não vê quem não quer.

Será que neste segundo turno alguém vai dar ouvidos às vozes das ruas?

Aguardemos...