Pau dos Ferros: Leonardo Rêgo continua sendo o alvo preferido dos vereadores situacionistas.


Em Pau dos Ferros alguns vereadores mudaram rapidamente as suas respectivas ideologias quanto à postura administrativa do atual chefe do Poder Executivo, alterando instantaneamente seus posicionamentos de oposicionistas para situacionistas, conforme as conveniências que lhes foram ofertadas. Porém, o alvo preferido para as críticas desmedidas aparenta continuar sendo o mesmo: o ex-prefeito Leonardo Nunes Rêgo (DEM).

Uma prova disso foi constatada durante a participação dos vereadores Tércia Batalha (PSB), Kasumaro Kened (PMDB), Bolinha (DEM) e Antônio Avelino (PP) em uma entrevista concedida ao radialista Ismael Mendes, na Rádio Obelisco FM, no início da tarde desta sexta-feira (19).

Durante o programa, os parlamentares voltaram a colocar a culpa em Leonardo por vários desmandos administrativos existentes na cidade, inclusive, taxando-o com adjetivos pejorativos. Com exceção da vereadora Bolinha, verdade seja dita, a mais comedida quanto às críticas desferidas.

Destaque para a fala deselegante de Kasumaro Kened que fez referências negativas à figura pessoal do ex-prefeito, imputando-lhe os epítetos de desempregado e desocupado.

Já a vereadora Tércia Batalha seguiu no seu estilo conhecido de se fazer de vítima ao dizer que existia um bando de desocupados tentando denegrir a sua imagem. Em seguida, falou que não era ela quem tinha a fama de ter acabado com um monte de coisas em Pau dos Ferros e sim o ex-prefeito Leonardo, enumerando em seguida uma lista de edificações supostamente destruídas por ele.

Mas, coube ao edil Antônio Avelino a tarefa de dizer que a obra do aterro sanitário da gestão Nilton Figueiredo só não foi concluída porque Leonardo Rêgo não quis, novamente empurrando para o ex-prefeito a responsabilidade pelos atos desastrosos de outros gestores.

Resumindo, durante mais de uma hora a pauta do programa destinado aos parlamentares situacionistas girou somente em torno do ex-prefeito Leonardo Rêgo, possivelmente pelo fato de sua pré-candidatura ao Executivo em 2016 representar uma forte ameaça aos planos da bancada do prefeito Fabrício Torquato.

Na minha humilde opinião, apesar de contundente, essa estratégia, às vezes, torna-se equivocada já que indiretamente promove ainda mais o opositor, sendo considerada de grande risco quando o alvo em questão possui bastante popularidade e uma exímia oratória, capaz de inverter situações e transformar críticos em grandes vilões.

Pelo visto, os nobres edis só mudaram o status, o jeito de fazer política continua incólume: pragmático.

A oposição agradece.