Os candidatos aprovados no concurso público realizado pela Prefeitura de Pau dos Ferros, no mês de maio, deverão esperar a convocação sentados na "cadeira da paciência", pelo menos foi o que ficou evidenciado após a divulgação de uma manobra administrativa adotada pelo prefeito Fabrício Torquato (PSD) no que se refere aos procedimentos que serão adotados quanto ao certame homologado no final do mês passado.
De acordo com informações publicadas no site da prefeitura (Veja AQUI), a convocação dos aprovados por parte do Chefe do Executivo só acontecerá quando os funcionários contratados tiverem os seus respectivos vínculos empregatícios encerrados, algo que o Prefeito Fabrício justificou como uma forma de não onerar a folha de pagamento.
Porém, o gestor municipal não explicou como ficará a situação das repartições públicas que necessitam, em regime de urgência, do chamamento de servidores públicos, como a Unidade de Saúde do Perímetro Irrigado que está, há quase um ano, sem um médico para atender a população.
Ainda no texto, foi relembrando à população que a prefeitura dispõe de um prazo legal de até dois anos para convocar os aprovados, o que para muitos foi encarado como uma espécie de "protelação anunciada".
Logo após o anúncio do ato administrativo adotado pelo Prefeito Fabrício que, indubitavelmente, protelará a convocação da maioria dos candidatos aprovados no concurso, muitos já começaram a enxergar o gesto, aparentemente cauteloso, como uma manobra para segurar os funcionários comissionados que abarrotam o quadro funcional da municipalidade, que em sua maioria foram indicados por padrinhos políticos, invertendo os princípios norteadores da boa gestão pública que priorizam a preservação da instituição e não os, supostos, interesses políticos.
Todavia, há quem concorde com tudo isso de forma subserviente, preferindo manter o silêncio quase sepulcral, ao invés de denunciar a, aparente, tentativa de engodar a população.
Enquanto isso... segue a insatisfação daqueles que não tem motivos para aplaudir uma gestão direcionada à alegria de poucos, em detrimento da realidade indigesta imposta à coletividade.
Simplesmente, deplorável...
