Editorial: Cenário político apático em Pau dos Ferros reforça tese da oposição de inércia administrativa da atual gestão.


Conhecida em todo o Alto Oeste como uma cidade que respira política 24 horas por dia, Pau dos Ferros, nos últimos dias, tem vivenciado um cenário de verdadeira apatia no que se refere às discussões políticas. Claro, me refiro somente aos embates salutares e essenciais para o amadurecimento político coletivo.

Só que para os defensores do prefeito Fabrício Torquato (PSD) tal assertiva não é totalmente aceita. Segundo eles, o que existe é um clima de tranquilidade na cidade desencadeado pela postura passiva do alcaide. Todavia, ao mesmo tempo, também reconhecem que, visivelmente, a postura do atual gestor difere muito do comportamento dinâmico de seu antecessor, no caso, Leonardo Rêgo (DEM).

Já para os oposicionistas, a inércia administrativa do Chefe do Executivo é tão evidente que estaria contaminando até os seus seguidores mais inebriados e que, aos poucos, estariam perdendo a essência de combatividade democrática, fato que, em tese, contribui em demasia para um esfriamento no clima político.


Justificativas e ironias à parte, é um fato concreto que o prefeito Fabrício Torquato está caminhando para o quarto mês do último ano de seu mandato com um desempenho sofrível, algo perfeitamente constatado em levantamentos de opinião internos realizados recentemente, e que deverá dificultar o êxito do seu projeto de reeleição.

Enquanto isso, Leonardo Rêgo segue "pegando carona" na rejeição estratosférica do gestor municipal para pavimentar o seu possível retorno ao comando da Prefeitura de Pau dos Ferros que, pelo menos até o momento, não tem encontrado obstáculos ou adversários ameaçadores.

Evidentemente que a nossa análise está sujeita a alterações em virtude do fator tempo, já que não possuímos o atributo divino da onisciência. Porém, pelo que se observa, o relógio parece trabalhar de forma contrária aos situacionistas que, a cada dia, sentem-se menos governistas em virtude de um prognóstico futuro desanimador.

Como esta situação pode ser revertida? Bem, é simples. Basta o gestor municipal se reinventar e fazer no curto período de tempo que ainda lhe resta o que ele não colocou em prática ao longo dos últimos e cansativos 3 anos e 3 meses.

O resto é lorota ou conversa para bacurau dormir!

Em suma, é isto.