Fabrício Torquato não deveria 'abandonar' a cidade, assim como Nilton Figueiredo fez em 2004, apenas porque perdeu a eleição.

Em meio aos rumores sobre demissões em massa, obras paralisadas por todos os lados e o corte de gastos nos serviços de extrema necessidade para a população, muitos já começaram a considerar a possibilidade do prefeito Fabrício Torquato (PSD) seguir o mesmo exemplo do seu aliado ex-prefeito Nilton Figueiredo (PMDB) que, no ano de 2004, após visualizar a derrota do seu grupo político, praticamente abandonou a cidade.

Naquela época, Nilton Figueiredo apostou todas as suas fichas na candidatura da professora Maria Rêgo, mãe do atual prefeito, mas ela foi suplantada nas urnas pelo então jovem candidato Leonardo Rêgo. Logo depois, o que se viu foi um cenário de total abandono, inclusive, com o lixo tomando contas das ruas do município.

Agora, muitos dizem que Fabrício Torquato poderá fazer o mesmo, até porque sua gestão já vinha capengando em vários setores. Então, se o acúmulo de lixo for utilizado como parâmetro, podemos dizer que a situação é quase idêntica.

No que se refere ao aspecto do equilíbrio financeiro da municipalidade, talvez, um possível "arrocho" já esteja em andamento como forma de evitar, logo no início de janeiro, revelações bombásticas quando a "caixa preta" estiver de posse do novo prefeito eleito. 

Desta forma, supõe-se que muitos "malassombros" ainda deverão surgir neste melancólico final de gestão, trata-se apenas de uma questão de tempo.

Para piorar, enquanto escrevia esta matéria, tomei conhecimento que o Diário Oficial do Município (Veja AQUI) publicou, nesta sexta-feira (07), inúmeras outras exonerações de servidores comissionados; corroborando com a tese de "arrocho" na folha salarial para "enxugamento" de despesas.

Lamentavelmente, o clima na municipalidade é de "salve-se quem puder"!