Em Pau dos Ferros, Projeto de Lei que proíbe orientação sobre Ideologia de Gênero nas escolas é aprovado sob protestos de educadores.

Na manhã desta quinta-feira (14), na Câmara Municipal de Pau dos Ferros, foi aprovado o Projeto de Lei 1804/17 cujo texto deixa claro a proibição do desenvolvimento de quaisquer atividades pedagógicas no âmbito do município, nas escolas da Rede Pública e Privada, que abordem os conceitos sobre Ideologia ou Identidade de Gênero.

A matéria foi aprovada pelo placar de 8 a 2. A favor votaram: Xixico (PSD), Gilson Rêgo (DEM), Sargento Monteiro (PSD), Gordo do Bar (DEM), Jader Júnior (PSDC), Gugu Bessa (DEM), Renato Alves (DEM), além do autor da matéria, Hugo Alexandre (PODE).

Somente os vereadores Galego do Alho (PMDB) e Bolinha Aires (PSD) foram contrários ao projeto. O voto do presidente do Legislativo, Eraldo Alves (PSD), não foi necessário, e tampouco o edil quis se manifestar neste sentido. 

Antes da votação, ocorreu uma verdadeiro tumulto na Casa Legislativa com a realização de protestos e o desferimento de xingamentos contra os parlamentares por parte de educadores, alunos e ativistas favoráveis ao conceito Ideologia de Gênero que, inclusive, chegaram a invadir o plenário do parlamento municipal.

Todavia, cabe esclarecer que os manifestantes apenas reivindicavam a realização de uma audiência pública para a promoção de um amplo debate em torno dessa questão polêmica.

Porém, visando a manutenção da ordem no recinto e da continuidade dos trabalhos legislativos, o presidente Eraldo Alves solicitou à Polícia Militar que retirassem os manifestantes do plenário. Segundo informações, até spray de pimenta foi utilizado na contenção dos mais exaltados.

Em meio às alegações diversas sobre esta celeuma (uns dizem até que houve abuso da polícia), ficou claro que a aprovação do Projeto de Lei gerou muita discórdia. 

Agora, o Projeto de Lei deverá seguir para sanção do prefeito Leonardo Rêgo (DEM). 

No entanto, há quem aposte em continuidade desta novela na Esfera Judicial, quando os educadores, alunos e ativistas tentarão comprovar possíveis vícios de inconstitucionalidade na matéria.

Que venham os próximos capítulos!