Grupo político derrotado por Leonardo Rêgo em 2016 está todo espatifado; 'fogueira de vaidades' vai consumindo o que resta da oposição.

Como o assunto eleições 2020 já começou a esquentar as discussões nas redes sociais, façamos uma breve reflexão sobre os desdobramentos deflagrados em Pau dos Ferros a partir da derrota do grupo político que foi montado por 10 (dez) partidos para tentar reeleger o então prefeito Fabrício Torquato (PSD), em 2016, mas que foi derrotado vergonhosamente nas urnas, mesmo com esse ajuntamento de legendas tendo recebido suporte das "máquinas administrativas" municipal (Prefeitura) e estadual (Governo).

Na época, o vitorioso Leonardo Rêgo (DEM) chegou a prever que o ajuntamento momentâneo de lideranças de partidos políticos com interesses diversos teria um prazo de validade certo para chegar ao fim, algo que acabou acontecendo ante a confirmação de seu retorno ao comando da prefeitura e, consequentemente, com a chegada da eleição estadual de 2018. O resultado foi cada um caminhando por si, possivelmente, para amenizar os impactos negativos financeiros do pleito anterior.

Agora, com o ano de 2019 praticamente chegando ao fim, já dá para identificar nas imagens ainda da batalha eleitoral travada em 2016 que muita coisa mudou de lá pra cá, ou seja, muitos personagens que posavam em fotografias demonstrando coesão naquele ano já "nem se bicam" mais, outros migraram para o atual grupo situacionista, alguns se ausentaram de Pau dos Ferros e teve até quem abandonou a política para se dedicar a atividades empresariais.

É meus amigos, o estrago causado por uma derrota eleitoral mexe com a vida de muita gente, espatifa amizades superficiais, divide interesses egoístas, sobretudo se os envolvidos numa eleição não objetivam, unicamente, a construção de um projeto administrativo, mas sim, uma mera busca à manutenção ou conquista de poder, detalhe: em detrimento do bem estar da população. 

Quem diria, por exemplo, que na véspera de um ano eleitoral o ex-prefeito Fabrício Torquato reapareceria "do nada" somente para menosprezar a importância política de seu antigo aliado Dr. Nilton Figueiredo (de acordo com o que foi propagado na imprensa), que colocou sua filha, Lara Figueiredo, "na fogueira" para compor uma chapa numa disputa bastante desgastante, sobretudo emocionalmente para uma jovem profissional da medicina? Por falar em Lara, suponho que seu sumiço midiático tenha algo a ver com as frustrações de 2016. No entanto, aguardemos pelo passar dos dias, talvez, assim como Fabrício, ela ressurja, também, "do nada".

Além disso, causa surpresa que o deputado Galeno Torquato (PSD) ainda não tenha resolvido apagar este foco de "incêndio" entre os seus dois correligionários, ou então; o parlamentar não está nem aí para o "fogo amigo" notório na oposição pau-ferrense, talvez, até pela sua completa ausência do município. Aliás, se o mesmo anda por Pau dos Ferros deve ser durante suas subidas e descidas frequentes à sua terra natal (São Miguel), onde seu irmão, prefeito Zé Gaudêncio realiza uma das piores administrações da história do município.


Mas, também, o que dizer dos dirigentes do PT local que, sem combinar com ninguém, ainda está tentando emplacar um nome do próprio partido à prefeitura nos bastidores, porém, até agora, a suposta estratégia não tem surtido efeito. 

Será que os petistas vão desistir de emplacar um nome em uma cabeça de chapa na disputa pelo Executivo local, já que ao longo de décadas sequer conseguiram eleger um vereador para representar o partido no município? Creio ser o mais provável.

Inclusive, há quem diga que a saída do PT de cena, supostamente estratégica, foi o que incentivou os companheiros da esquerda comunista local, capitaneados pelo professor Valderi Idalino, a ensaiar uma pré-candidatura que, de fato, só será levada a sério quando os integrantes do PCdoB que ocupam cargos no Governo receberem o aval da governadora Fátima Bezerra, que de tão ocupada com o caos administrativo do Estado, possivelmente, nem esteja inteirada deste assunto.

Nesta "fogueira de vaidades" ainda restam muitos outros nomes que, a exemplo dos demais personagens citados acima, fizeram parte de uma das maiores derrotas políticas municipais de Pau dos Ferros em 2016 e, estão sem rumo definido; há muita "fumaça" no caminho embaçando a visão. 

Meu Deus, tomara que o "fogo amigo" não consuma o que restou da oposição pau-ferrense!

Chamem os bombeiros!