A questão deverá passar também pelas divergências paroquiais, já que o grupo do ex-prefeito Leonardo Rêgo (DEM), certamente, estará no palanque adversário à reeleição da governadora do PT.
Portanto, até por questão de sobrevivência política, a prefeita Marianna poderá ceder a um pedido explícito de seu aliado Galeno Torquato que, escancaradamente, faz questão de demonstrar fidelidade partidária ao ex-governador Robinson Faria (PSD), pretenso candidato à Câmara dos Deputados e, também, ao ministro das Comunicações Fábio Faria (PSD), que sonha com uma candidatura ao Senado Federal, dependendo dos desdobramentos das articulações em Brasília, claro, passando pelo crivo do presidente Jair Bolsonaro.
No plano local, alguns consideram que a, possível, elegibilidade do ex-presidente Lula do PT em 2022 fortalece, naturalmente, o desejo da governadora Fátima Bezerra de continuar por mais quatro anos à frente do Executivo estadual e, talvez, com chances reais de êxito, o que tornaria a escolha futura da Prefeita de Pau dos Ferros algo ainda mais difícil.
Claramente, entre os petistas locais que torcem pelo apoio de Marianna a Fátima existe a defesa de uma postura de autonomia política por parte da atual gestora do PSD em relação às prováveis cobranças de seus colegas partidários e parceiros administrativos. Todavia, a possibilidade de um consenso ou anuência por parte dos apoiadores "galenistas" é quase zero. Mas, este é um assunto que ainda poderá ser definido mais à frente.
O que "pesará" mesmo "nas costas" da prefeita Marianna Almeida será o fato inegável de que, pelo menos atualmente, pedir aos seus eleitores o voto tanto para Galeno quanto para Fátima é uma façanha difícil, mesmo na base de, supostos, investimentos milionários no pleito eleitoral vindouro, que "correm à boca miúda" nas rodas de conversas íntimas na "ala galenista" e no seio petista pau-ferrense.
Uma coisa é certa: optar pela neutralidade ou fazer jogo duplo não serão opções disponíveis para Marianna Almeida, que vai ter que demonstrar habilidade e coragem na tomada de decisões no próximo ano eleitoral.
Enquanto o futuro não chega, a realidade atual é de um município com diversos problemas administrativos para serem resolvidos em quase todas as áreas, cujas resolutividades poderão ser facilitadas ou dificultadas pelos caciques políticos já mencionados.
Haja "saco", hein prefeita?
Ossos do ofício (política)!