Carlos Eduardo vacila por receio de nova derrota para Governadora; Jean Paul "costura" com Walter Alves e Garibaldi Filho posto de "Senador de Fátima Bezerra".

Bem feito, dizem alguns em relação ao fato do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), ter recuado de sua pré-candidatura ao Governo do RN apostando "quase todas as suas fichas" de que poderá ser aceito pelos aliados da Governadora Fátima Bezerra (PT) para compor a chapa majoritária como candidato ao Senado Federal, nas eleições de outubro.


Acontece que Carlos Eduardo enfrenta uma forte resistência de alguns petistas mais radicais, que até entendem uma aliança com o MDB no Estado a pedido do ex-presidente Lula (PT), mas não querem "engolir" o ex-prefeito de Natal com uma justificativa até plausível: teria Alves demais na chapa governista.

Enquanto isso, o senador Jean Paul (PT) abriu as portas de sua residência, em Natal, para receber o deputado federal Walter Alves e o ex-senador Garibaldi Filho, pré-candidatos a vice-governador e deputado federal, respectivamente, em uma aliança quase certa entre MDB e PT no RN. Na ocasião, também estava presente a senadora Simone Tebet, pré-candidata à presidência da República pelo MDB.

Sobre o encontro, duas situações parecem possíveis de acontecer: a primeira é que Jean Paul abra mão de sua reeleição e apoie Garibaldi Filho para o Senado; e a segunda, como já foi levantada pelo próprio Garibaldi em dezembro passado, que ele concorra à Câmara Federal e apoie Jean ao Senado. Assim, a aliança política entre PT e MDB no Rio Grande do Norte ganharia força e contorno, reforçando a composição da chapa Fátima (governadora) e Walter (vice-governador).

E onde fica Carlos Eduardo Alves nesta história?

Talvez, pelo vacilo motivado pelo medo de perder novamente numa disputa com Fátima Bezerra, o ex-prefeito de Natal acabe "sobrando na curva" e, consequentemente, acabe procurando outro rumo, se ainda der tempo.

Mas, aguardemos. Esta novela ainda não acabou. Afinal de contas, em política "acordos de gaveta" sempre foram utilizados para situações indigestas como esta.

O povo que observe e julgue, nas urnas, o comportamento de cada candidato!