Célio Gonçalves de Queiroz foi eleito em 2020 graças ao apoio do grupo político liderado pelo saudoso deputado Raimundo Fernandes que, antes mesmo de falecer, já vinha sofrendo com o desgaste administrativo do atual prefeito de São Miguel e, consequentemente, tendo que conviver com as reclamações por parte dos próprios aliados.
Agora, a sensação nítida na cidade serrana é a de que várias lideranças políticas que até mesmo ajudaram Célio de Eliseu a ser eleito estão se sentindo órfãos (paternidade política) e sem motivação alguma para continuar dando suporte à gestão dele que, segundo informações, está infestada de gente incompetente (com algumas exceções), as quais ocupam cargos sem possuir a menor qualificação. Algo que tem sido visto na prática, não são meras críticas irresponsáveis.
Como amenizar para a população a situação de uma cidade que vem sendo alvo de denúncias constantes por estar repleta de buracos, de ruas enlameadas ou intrafegáveis, de Unidades Básicas de Saúde em condições precárias, com profissionais da saúde indignados com a não implantação do tão esperado piso da enfermagem, com supostos atrasos de fornecedores e servidores terceirizados e até com um vergonhoso calote que a gestão aplicou no próprio regime de previdência própria? Algo que inclusive detalharemos ainda hoje para que as devidas providências sejam tomadas pelo Ministério Público do RN (MPRN) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN).
Alguém me falou que Célio de Eliseu ganhou a eleição em 2020 porque convenceu a população de que representava o novo, travestido de uma imagem simples que representava o trabalhador. Sua prática na administração, no entanto, não corresponde ao discurso de campanha. Velho não quer dizer velhaco, mas, às vezes, o novo resulta em velhacaria.
Estaria acontecendo tudo isso na "Serra do Camará"?
