Quedas nos repasses do FPM é uma justificativa pertinente para os prefeitos, mas não resolve os problemas com os fornecedores. Reeleição para alguns gestores será um "sufoco" para aqueles quem não são bons pagadores.

As inegáveis quedas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) virou uma justificativa até plausível para os prefeitos na hora de acertar as contas neste início do mês de agosto, sobretudo com os diversos fornecedores e prestadores de serviços que, por sua vez, alegam "sufocos de ordem emergencial" e, em algumas cidades onde o desmantelo administrativo é patente, até as obrigações financeiras constitucionais ameaçam a paz dos gestores, seja conjugando o verbo no presente ou no futuro.

Esta situação caótica é menos drástica nas cidades que possuem administradores equilibrados e que buscam outras fontes de receita além do FPM. 

Todavia, nos bastidores da política, já tem prefeito desabafando com auxiliares confessando que do jeito que a coisa vai... sonhar com reeleição é um assunto impensável no momento, algo que deixa apaniguados, babões e puxa-sacos em polvorosa.

Na próxima semana os prefeitos prometem fazer muito barulho em Brasília. Vão cobrar do Governo Federal uma solução, mesmo sendo sabedores que este assunto é um 'problemão', daqueles difíceis de se achar uma saída urgente (rápida).

Enquanto isso, uns vão pagando aqui, outros enrolando acolá; enfim: negociando. Afinal, político que não tem "jogo de cintura" nem deveria entrar nesta "dança". 

E na "dança das cadeiras" em 2024? Muitos vão ter que rebolar, e bastante!