Allyson Bezerra Defende Uern e Servidores Contra Plano de Cortes: "O problema é a má gestão, não a folha".


O pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte e atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), elevou o tom na crítica às propostas fiscais para o estado, classificando-as como "soluções mágicas" e simplistas. 

Em entrevista, Allyson Bezerra defendeu a manutenção de estruturas essenciais, como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), os repasses ao Poder Judiciário e os servidores públicos, rechaçando a ideia de que a crise financeira será resolvida com demissões, privatizações ou cortes lineares.

As declarações são vistas como uma resposta direta às falas do senador Rogério Marinho (PL), que tem defendido "medidas impopulares", como planos de demissão voluntária e redução de verbas. 

Para Allyson, culpar a Uern, o Judiciário ou a folha de pessoal pelo rombo fiscal é um discurso injusto e equivocado. Ele enfatizou que a Uern é estratégica, formando a grande maioria dos professores do estado, e que o servidor que trabalha não é o problema, assim como o Judiciário não é o responsável pelo desequilíbrio das contas.

Na visão do prefeito, o verdadeiro culpado pela crise é um modelo de gestão ineficiente, burocrático e sem planejamento. Em vez de cortes drásticos, a solução estaria na boa gestão, zelo e técnica. Ele propôs a modernização administrativa, o uso de tecnologias (como o governo digital) para reduzir custos, e medidas simples de organização, como um melhor controle de combustível e materiais. Para Allyson, o Estado não se organiza vendendo ativos ou fechando instituições, mas sim com controle e eficiência.

Ao comentar sobre o cenário eleitoral de 2026, Allyson minimizou a importância da união de partidos, dizendo que quem tem que estar unido é o povo, citando sua vitória em Mossoró como exemplo. Além disso, ele fez duras críticas à polarização política entre esquerda e direita, afirmando que ela empobrece o debate e serve apenas para esconder a ausência de propostas concretas para o futuro do Rio Grande do Norte