O crescimento de Allyson Bezerra ocorre sob fogo cruzado. Mesmo enfrentando uma oposição ferrenha de setores da imprensa ligados ao governo estadual, o prefeito parece ganhar musculatura com os ataques: quanto mais batem, mais ele cresce. Com a menor rejeição entre os principais nomes, Allyson se posiciona como uma alternativa de centro, moderada, capaz de atrair tanto o eleitor insatisfeito com o PT quanto o eleitor que foge de radicalismos.
Em segundo lugar aparece o senador Rogério Marinho (PL), representante da direita conservadora. Marinho detém um voto fiel e cristalizado, mas carrega o peso da maior rejeição nas sondagens, o que impõe um teto ao seu crescimento em um eventual segundo turno.
Enquanto isso, o grupo da governadora Fátima Bezerra tenta viabilizar o nome de Carlos Eduardo Xavier (Cadu). O secretário, contudo, ainda patina com baixos índices de conhecimento e desempenho, sofrendo o desgaste de uma gestão estadual amplamente criticada, especialmente pela péssima situação das estradas, infraestrutura e o desgaste com os servidores.
A tendência atual aponta para um risco real: o grupo governista ficar de fora de um segundo turno. Se o cenário de hoje se repetir nas urnas, a disputa final seria entre Allyson e Marinho.
Nesse contexto, a moderação de Allyson leva vantagem, pois tende a herdar o voto daqueles que, mesmo não sendo seus aliados, rejeitam a direita radical. O RN parece caminhar para uma eleição onde o resultado prático da gestão pesará muito mais que a retórica ideológica.
