Operação Hígia detectou troca de empregos por apoio

Depoimentos das testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal, no  processo resultado da Operação Higia, revelaram a troca de empregos no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) pelo apoio e trabalho na campanha de reeleição da então governadora Wilma de Faria em 2006. 

Entre os réus do processo, estão o filho da ex-governadora Wilma de Faria, Lauro Maia, e a mulher do ex-secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), Carlos Castim, Maria Eleonora Castim.

Dos nove depoimentos tomados ontem sobre o processo, o que teve maior relevância foi o da diretora do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu Metropolitano), Selma Santiago Nunes. Isso porque durante o depoimento, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou escutas telefônicas nas quais é possível constatar a troca de cargos públicos por apoios políticos. Os áudios foram conseguidos através de escutas telefônicas feitas durante a investigação da PF.

Segundo o juiz federal Mário Jambo, essa fase do processo deve continuar hoje, com os depoimentos das testemunhas de defesa do réu João Henrique Lins Bahia. “Depois, ouviremos as demais testemunhas arroladas pela defesa. Só após essa fase, será marcado o depoimento dos réus”, afirmou o juiz. 

A expectativa, é que, ao final, o processo tenha o depoimento de, aproximadamente, 140 testemunhas. “Isso porque a defesa ainda contribuiu, desistindo de ouvir 30 pessoas”.

Tribuna do Norte.