Crise política entre a governadora Rosalba Ciarlini e o vice Robinson Faria?


Deu no Panorama Político por Anna Ruth:

As recentes declarações da governadora Rosalba Ciarlini, que criticou a criação do PSD, o que, para ela, teria como objetivo “destruir o DEM”, deflagram uma crise política entre a titular e o vice do Executivo.

O PSD, que foi criado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, terá como presidente estadual no Rio Grande do Norte o vice-governador Robinson Faria. 

Ou seja, na prática, a governadora ao criticar a nova legenda atacou de frente o novo projeto partidário do seu vice, que ainda está filiado ao PMN.

Comentário do blog: Não acredito em hipótese alguma que a governadora Rosalba Ciarlini - ao declarar-se contrária a formação da nova legenda, no caso o PSD -, tenha objetivado mandar um recado subliminar de reprovação para o seu vice Robinson Faria.

Falando francamente, acredito que as declarações da "Rosa" foram mais para apaziguar os ânimos dos colegas democratas e, consequentemente dirimir as dúvidas de que ela sairia do partido, do que para alfinetar o seu vice Robinson Faria.

Ora meus amigos, Rosalba não seria ingênua até o ponto de querer comprar briga com o seu maior aliado, principalmente em um momento crítico como esse que a administração estadual está atravessando.

A governadora sabe que Robinson poderá exercer um papel decisivo neste início complicado de gestão, tanto no trabalho de articulação política com a assembleia legislativa quanto no contato o governo federal em Brasília, já que a legenda que o Vice-governador assumirá no RN muito provavelmente fará parte da base aliada do governo Dilma.

Na verdade verdadeira como diria uma amigo meu, Rosalba quis mesmo foi acabar de uma vez por todas com as especulações em torno de uma provável saída dela dos democratas, para desta forma, poder administrar o Estado com o apoio ostensivo do seu partido.

Qualquer especulação contrária a esta linha de pensamento, ao meu ver, tá mais para factóide do que para a mais transparente realidade dos acontecimentos.

Mas... como em política nada é impossível, atenho-me mais uma vez ao tempo que é "o senhor da razão" para dizer quem está fazendo de maneira mais aproximada, a leitura real dos acontecimentos.

Como dizia Konrad Adenauer: "Em política, o importante não é ter razão, mas que a dêem a alguém."